Educação, memória e cidade: observação e registro cognitivo da paisagem cultural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Tardivo, Jessica Aline
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-30012020-114938/
Resumo: Buscando costurar caminhos interdisciplinares que permitam transitar entre os estudos teóricos e as atividades práticas, os objetivos deste trabalho são: (1) reconhecer as particularidades da paisagem cultural de um lugar; (2) instaurar diálogos sobre a preservação da memória e do patrimônio; e (3) evidenciar possibilidades de formação cultural. A partir desses objetivos, a Tese de doutorado foi estruturada em duas Partes: Leituras, que discorrem sobre a construção teórica, e Registros, que descrevem as etapas de trabalho em campo. Especificamente, na parte 1, Leituras, formada por três capítulos, o estudo se dispõe a compreender a formação e o registro da percepção acerca da cidade e do seu patrimônio, as abordagens e políticas para educação cultural e as possibilidades de uso de meios e recursos digitais para ambos os processos. A parte 2, Registros, apresenta a metodologia, a estruturação, a aplicação e a análise de uma estratégia educativa, elaborada para a observação e mapeamento cognitivo da cidade. Implementada de forma experimental em Brotas, interior do estado de São Paulo, e aplicada entre vinte alunos do ensino fundamental, a estratégia educativa foi baseada, especialmente, nos conceitos da Teoria da Conversação e nas etapas de Educação Patrimonial. O experimento, denominado Olhares de Brotas, permitiu reconhecer o valor histórico, estético e cultural do lugar por meio da comunicação e da partilha de saberes entre os alunos participantes, os moradores da cidade e um grupo de pesquisadores do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. A troca de saberes direcionou a produção de representações gráficas digitais e textuais da paisagem cultural, que narraram de forma sensível a percepção de cada aluno sobre Brotas. Observou-se que as representações, quando expostas no espaço público, despertaram a memória afetiva dos moradores e construíram uma ponte de reflexões sobre o cuidado e a preservação do lugar.