Existe um pensamento político subalterno? Um estudo sobre os subaltern studies: 1982-2000

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Góes, Camila Massaro de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-12062015-114259/
Resumo: Essa pesquisa apresenta como objeto central os Subaltern Studies. Trata-se de um grupo de intelectuais que se destacou no estudo da história social e política indiana no final dos anos 1970. O que ligou estruturalmente os intelectuais próximos aos Subaltern Studies, em sua fase inicial, foi a tentativa de reescrever criticamente a história colonial da Índia. Nesse sentido, o esforço do grupo correspondeu a uma busca por tentar resgatar a voz nativa silenciada e extrair novas perspectivas historiográficas e políticas não só do passado, mas da própria fraqueza da sociedade nativa. Protagonizados por autores como Ranajit Guha, Dipesh Chakrabarty, Partha Chatterjee e Gayatri Chakravorty Spivak, se organizou uma série de coletâneas de artigos sobre a história social e política indiana que totalizaram onze volumes compreendidos entre os anos de 1982 e 2000. Amplamente discutidos, os Subaltern Studies passaram a nomear um campo de estudos abrangente, de caráter internacional. Em meio às diversas fontes que confluíram nos subalternistas (marxismo, pós-estruturalismo, pós-colonialismo), se busca aprofundar o estudo sobre as apropriações conceituais feitas pelos indianos. Se enfatizará seu percurso de mudanças e tensões intelectuais e se analisará os limites de sua realização teórica com destaque para a tradução e extensão à experiência latino-americana com os Latin American Subaltern Studies, fundados em 1993.