Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Álvaro Francisco Lopes de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-06072020-132916/
|
Resumo: |
O monitoramento das complicações de pacientes cirúrgicos no período pós-alta é um desafio, principalmente pela dificuldade de seguimento no ambiente domiciliar. Neste sentido, este estudo possibilitou construir e validar diretrizes para monitorar pacientes cirúrgicos no período pós-alta hospitalar durante o período de aparecimento de complicações. Para isso, foi desenvolvida uma pesquisa multimétodo em quatro etapas consecutivas e encadeadas: 1 - Prospecção, revisão e análise dos aplicativos voltados ao paciente cirúrgico; 2 - Revisão integrativa sobre as complicações pós-alta; 3 - Desenvolvimento de diretrizes de monitoramento; e 4 - Avaliação da viabilidade da diretriz proposta por meio do seguimento de egressos de artroplastia de joelho e quadril. Na primeira etapa, nas bases de dados, 14 estudos que apresentavam algum aplicativo (apps) para smartphone voltados ao paciente cirúrgico foram selecionados, sendo predominante estudos procedentes dos Estados Unidos da América (28.6%). Das bases de patentes, 10 registros foram recuperados, sendo 60% dos apps na base de patente americana (USPTO), hospedados em sistemas híbridos (iPhone e Android) e desenvolvidos de 2014 a 2018 (80%). Havia uma série de apps voltados aos pacientes cirúrgicos, como alvos e/ou usuários, no entanto, pautados, sobretudo, na troca de mensagens de texto e imagens e concentrados no auxílio ao médico/equipe de saúde na preparação do paciente, durante o procedimento ou no período pós-cirúrgico hospitalar, não havendo aplicativos para assistência pós-alta em domicílio. Na segunda etapa, 10 estudos primários incluídos mostraram que as complicações infecciosas foram as mais comuns, com destaque para pneumonia e infecção urinária e do sítio cirúrgico. Nos estudos, a presença de complicações esteve ligada à necessidade de reoperações ou pior sobrevida e aumento da mortalidade. A frequência de monitoramento e o tempo de seguimento foram incomuns nos estudos. Com base nisto, na etapa 3, criou-se uma diretriz em que foram elencadas 16 complicações elegíveis para serem utilizadas no monitoramento de pacientes cirúrgicos no período pós-alta hospitalar. De acordo com o consenso dos especialistas, é necessário o monitoramento do paciente, ao menos, uma vez por dia (68,8%). Por outro lado, o tempo máximo de monitoramento apresentou maior variação, de 48 horas até 30 dias, no caso da presença de sinais e sintomas de infecção. Ao testar a aplicabilidade do instrumento com 99 pacientes, 32,3% desenvolveram, ao menos, uma complicação, sendo que 10,1% desenvolveram mais de uma complicação num seguimento de 30 dias. Dor (31; 31,3%) e Infecção (12; 12,1%) foram as complicações mais prevalentes. Identificou-se associação estatística entre os desfechos clínicos dos pacientes submetidos à cirurgia de joelho e quadril e a presença de complicações no período pós-operatório (p<0,001). Desta forma, acredita-se que a monitorização do egresso cirúrgico no domicilio é imprescindível para a vigilância epidemiológica da ocorrência de complicações e direcionamento da politicas públicas de prevenção e controle |