Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Fernandez Filha, Amparo Hurtado |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/89/89131/tde-09022017-142711/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: O cuidado nutricional é parte essencial para o acompanhamento integral da crescente população idosa, principalmente quando na presença de doenças crônicas e neurodegenerativas e morbidades psiquiátricas. A Mini Avaliação Nutricional (MAN®), tem sido utilizada para este fim, e em algumas situações, informações adicionais a essa ferramenta são necessárias. OBJETIVOS: Caracterizar o estado nutricional de idosos acompanhados em ambulatório de neuropsiquiatria geriátrica. MÉTODOS: Foi obtida uma amostra de conveniência selecionada aleatoriamente entre pacientes idosos com diagnóstico de depressão (DEP), doença de Alzheimer (DA) e outros transtornos psiquiátricos (OTP). O estado nutricional foi avaliados através da MAN®, pelo índice de massa corporal (IMC= peso/altura2) e pelas circunferências do braço (CB) e panturrilha (CP). Os dados referentes ao consumo de medicamentos também foram obtidos, considerando-se como polifarmácia o consumo de mais de três medicamentos/dia. Os dados de diagnóstico médico e exames laboratoriais foram obtidos do prontuário médico. Foram avaliados 217 indivíduos no total, distribuídos conforme o diagnóstico clínico: grupo DEP= 107 (49,3%); grupo DA=59 (27,2%) e grupo OTP=51 (23,5%). RESULTADOS: O escore da MAN® identificou risco nutricional em 67,3%, 69,5% e 54,9%, e desnutrição em 14,0%, 13,6% e 27,5% dos pacientes em DEP, DA e OTP respectivamente. O baixo peso, avaliado pelo IMC foi observado em 29,0% (DEP), 24,1% (DA) e 45,1% (OTP) dos avaliados. A prevalência de anemia foi de 11,2% (DEP), 10,2% (DA) e 19,6% (OTP); sendo mais frequente em mulheres em DEP e OTP e em homens em DA. A média para vitamina D em todos os grupos encontrava-se na insuficiência. A presença de colesterol total acima dos intervalos de normalidade foi de 47,0% (DEP), 36,3% (DA) e 31,8% (OTP). Foi observada hiperglicemia em 52,9% (DEP), 48,1% (DA) e 41,6% (OTP) dos pacientes. A polifarmácia foi observada em 18,7% (DEP), 15,2% (DA) e 19,6% (OTP). Não houve associação significativa entre o uso de medicamentos e o estado nutricional, embora tenha sido apontado um direcionamento ao risco de desnutrição com o uso de medicamentos para o tratamento da depressão (inibidores seletivos de receptação de serotonina), demências (inibidores de colinesterase), cloridrato de omeprazol e indutores do sono. CONCLUSÕES: o risco nutricional e a desnutrição são prevalentes na população estudada, independente do grupo específico de doença neuropsiquiátrica ou demência. Esses achados demandam e justificam um monitoramento nutricional permanente para esses indivíduos, uma vez que vem acompanhados de outras deficiências específicas que comprometem a saúde de forma geral, como a anemia e insuficiência de vitamina D. A elaboração de planos educativos envolvendo os pacientes, cuidadores e a equipe médica, poderá contribuir para a melhora dessas condições. |