Comparação in vitro entre técnicas de enteroanastomose em jejuno de equinos hígidos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Natalia Franco de Oliveira e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-15042020-102139/
Resumo: Várias técnicas de enteroanastomose de intestino delgado têm sido propostas e, atualmente, a técnica de maior aceitação entre os veterinários de equinos continua sendo a realizada em dois planos de sutura, sendo o externo invaginante. Este trabalho tem como objetivo a avaliação in vitro de três técnicas de anastomose, escolhidas a partir de questionário previamente enviado aos principais centros de referência na cirurgia equina do Brasil. Para tal, este experimento consistiu em duas fases. Na primeira, um questionário foi enviado para diversos cirurgiões do Brasil a fim de se decidir quais técnicas e tipos de sutura são mais realizados para jejunojejunostomia. Os tipos de sutura mais citados foram simples contínuo sobreposto com cushing, simples contínuo em plano único e lembert interrompido. A fase 2 consistiu em avaliar a resistência biomecânica, tempo de execução e alteração na semicircunferência luminal dos três tipos de sutura mais citados no questionário. Para tal foram montados três grupos: G1 (simples contínuo seguido de cushing), G2 (simples contínuo em plano único) e G3 (lembert interrompido em plano único). Um grupo controle (GC) foi testado para cada amostra avaliada. Foram coletados 32 segmentos de jejuno de 16 equinos imediatamente após abate. Os espécimes foram lavados e congelados separadamente em solução ringer com lactato. Para a realização do experimento, cada segmento foi descongelado imerso em ringer com lactato em temperatura ambiente e submetido aos testes em até 2 horas após descongelamento. Antes da sutura, a média da semicircunferência externa de cada segmento a ser suturado foi obtida. Posteriormente à execução da anastomose, a semicircunferência externa da anastomose foi medida e comparada à média. O tempo de execução de cada grupo foi registrado. O teste de resistência biomecânica foi realizado, e posteriormente, a média da semicircunferência interna dos segmentos unidos pela anastomose foi obtida e comparada à medida interna da anastomose. O local de falha foi registrado para avaliação. As variáveis foram analisadas utilizando medidas repetidas no tempo ANOVA com posterior aplicação do teste de TUKEY. A significância estatística foi estabelecida com p<,05. Todos os resultados dos tempos demonstraram significância estatística. O G1 obteve média de 24,74 (±4,18) minutos, G2 14,13 (±2,97) minutos e G3 23,83 (±6,23) minutos. Os grupos G1 e G2 não apresentaram diferença estatística na pressão máxima obtida, com 99,13 mmHg (±42,82) e 84,55 mmHg (±25,82), respectivamente. O G3 resistiu maior pressão (110,06 mmHg ±25,82) e GC resistiu em média 178,22 mmHg (±52,93). Previamente ao teste, o G2 apresentou maior proporção de semicircunferência (+30,63%), seguido pelo G3 (+23,63%) e pelo G1 (+8,47%). Posteriormente ao teste, a proporção de semicircunferência foi de +0,75% pelo G2, seguido - 4,59% pelo G3 e - 19,11% pelo G1. Todos os segmentos do GC falharam na face mesentérica. Já os grupos testados, em sua maioria, falharam na ferida de passagem da agulha de sutura. Todas as suturas se mostraram seguras quando avaliadas in vitro, sendo que o G2 foi de mais rápida execução e não apresentou redução no diâmetro luminal.