Análise do desfecho clínico e taxas de oclusão das diferentes técnicas endovasculares no tratamento de aneurismas da artéria cerebral média

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Viana, Dinark Conceição
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17163/tde-03012023-114532/
Resumo: Objetivo: o propósito desse estudo foi avaliar as técnicas endovasculares empregadas, eficácia e a taxa de complicações no tratamento de aneurismas da artéria cerebral média (ACM). Métodos: esse estudo de coorte, incluiu 219 pacientes portadores de 240 aneurismas de ACM tratados consecutivamente. Distribuíram-se os aneurismas em duas topografias (ACM proximal e bifurcação) e quatro técnicas com dispositivos distintos utilizados na abordagem. Os desfechos incluíram a taxa de oclusão dos aneurismas, avaliada por métodos padronizados de imagem, imediatamente, 6 meses e 18 meses ou mais tardiamente após o tratamento. Avaliando-se também performance clínica dos pacientes e complicações ocorridas. Resultados: os aneurismas se localizavam em sua maioria na bifurcação da ACM (82,08%), seguidos pelos de ACM proximal (17,92%). As técnicas empregadas incluíram: técnica simples (7,11%), remodelamento por balão (28,7%), remodelamento por stent (46,44%) e reconstrução luminal com Stent diversor de fluxo (SDF) (17,57%). Obteve-se oclusão completa em 181 de 230 aneurismas após 6 meses (78,7% [95% IC 69,73,4; 83,99%]) e em 174 de 226 aneurismas após 18 meses (77% [95% IC 71,5; 82,48%]). A oclusão total foi mais frequente no grupo com uso de SDF (87,5%). A taxa de oclusão satisfatória (Raymond A+B) alcançou 95,13% [95% IC 92,33; 97,94%]). Os desfechos angiográficos parciais e a piora na performance funcional foram influenciados estatisticamente pelos maiores diâmetros dos aneurismas (valor-p < 0,005). Houve 34 complicações relatadas, com registro de seis óbitos e dois casos com sequelas neurológicas permanentes (mRs > 2), sendo mais frequentes nas técnicas com uso de stents. A taxa de morbimortalidade foi de 3,6%. Conclusão: o tratamento endovascular dos aneurismas de artéria cerebral média localizados na bifurcação e proximais apresenta baixa morbimortalidade, com taxas de oclusão elevadas e reprodutível no cenário nacional por diferentes técnicas.