Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Thomaz, Myrian José |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5153/tde-29052008-103050/
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Resumo: |
Objetivo: Avaliar o efeito benéfico da nefrectomia do rim atrófico em pacientes portadores de hipertensão renovascular no controle da pressão arterial e da função renal. Casuística e Método: estudo retrospectivo e observacional de 51 pacientes com hipertensão refratária, portadores de um rim atrófico por estenose significativa ou oclusão total da artéria renal, submetidos à nefrectomia no período janeiro 1989 a janeiro 2007. A idade média foi 47,1± 15 anos (13 a 77 anos), a mediana da creatinina sérica pré nefrectomia de 1,3 mg/dl (0,8 a 4,5), a mediana do clearence de creatinina de 54 ml/min (15 a 100ml/min.), a PA sistólica (PAS) média pré de 149,6 ± 22,5 mm Hg, a PA diastólica (PAD) média pré de 90,8 ± 17 mm Hg e a média do número de hipotensores foi de 2,8 ± 1 hipotensores (1 a 5) por paciente por dia. A pressão arterial e creatinina sérica foram analisadas periodicamente de 12 a 60 meses após a nefrectomia. Resultados: a mortalidade operatória foi de 2%, houve melhora significativa da PAS média nos períodos de 12 a 36 meses (p<= 0,028) e para PAD média de 12 a 48 meses após a nefrectomia (p <= 0,045), acompanhada pela diminuição significativa do uso de hipotensores de 12 a 48 meses (p< 0,05). Um ano após a nefrectomia, houve melhora da pressão arterial em 69% dos pacientes e da função renal em 63,8%. Oito por cento dos pacientes que tiveram piora da função renal após os 12 meses iniciais, mostraram recuperação da função durante o período de observação de 60 meses. Não houve diferença significativa entre os pacientes que se beneficiaram e aqueles que não responderam ao tratamento da hipertensão renovascular com a nefrectomia do rim atrófico quando analisados quanto à idade (p=0,89), sexo (p=0,24), cor (p=0,50), presença de co-morbidades e fatores de risco (p>=0,43), nível da PA inicial (p>=0,24), creatinina prévia (p>= 0,90) e existência de lesão bilateral (p>=0,74). Oito por cento dos pacientes evoluíram com insuficiência renal dialítica no período do estudo, todos com lesão aterosclerótica da artéria renal e com clearence creatinina inicial inferior a 25 ml por minuto. Os doentes com fibrodisplasia da artéria renal tiveram melhores resultados tanto no controle da pressão arterial como na função renal. Conclusão: a retirada do rim atrófico causado por obstrução da artéria renal é procedimento seguro que traz benefícios para os níveis pressóricos e função renal nos portadores de hipertensão renovascular, com melhores resultados encontrados nos pacientes com fibrodisplasia. |