A interface entre pequenos mamíferos silvestres e animais domésticos em área fragmentada do alto Paranapanema, estado de São Paulo, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Oliveira, Alice Soares de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/91/91131/tde-19092011-091041/
Resumo: A Fazenda Três Lagoas, localizada no município de Angatuba, região do Alto Paranapanema (centro-sul do Estado de São Paulo), é uma área na qual houve introdução de espécies exóticas, como Eucalyptus sp e Brachiaria sp, que fragmentaram o habitat de cerrado original. Uma vez em que foi estabelecida atividade humana em um ambiente antes natural, houve expansão do contato entre humanos e animais domésticos com as populações de animais silvestres; sendo a influência destes fatores sobre o ecossistema local ainda pouco conhecido. O presente estudo teve como objetivo pesquisar a exposição de pequenos mamíferos silvestres e animais domésticos da região a agentes infecciosos e transmissores de zoonoses (Leptospira spp., Lyssavirus, Toxoplasma gondii, Neospora caninum e Rickettsia spp.). O levantamento dos patógenos nos animais silvestres revelou resultados sorológicos positivos para Leptospira spp. (5,5%, n= 73), Rickettsia spp. (7,9%, n=38) e Toxoplasma gondii (16,1%, n= 56). Em relação aos animais domésticos, foram encontrados 40% de cães (n=10) soropositivos para N. caninum, 20% de soropositivos para Leptospira spp. e T. gondii (n=10), e 23,27% dos cães (n=11) apresentaram títulos de anticorpos menores ou iguais a 0,5 UI/ml para Raiva. Os bovinos (n=42) apresentaram resultados sorológicos positivos para N. caninum (23,8%) e Leptospira spp. (40,5%). 47,6% do gado não havia sido vacinado ou a vacinação para o vírus rábico era desconhecida. Dos 22 bovinos conhecidamente vacinados para a Raiva, 36% foram pouco reagentes ao exame sorológico. Os resultados apresentados, além de contribuírem para a avaliação do status sanitário local, contribuem para o maior conhecimento da interface entre fauna doméstica e silvestre em agroecossistemas.