Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Becker, Letícia Martins de Lima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100141/tde-17062024-140540/
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Resumo: |
Contextualização: Caracterizada como um conjunto de sinais e sintomas em múltiplos sistemas de forma prolongada, onde as complicações vão além da forma aguda da doença, a síndrome pós-covid-19 inicia por volta da quarta semana após início dos sintomas da doença. As características e gravidades das sequelas variam de acordo com cada organismo e com a acometimento da doença em seu estágio agudo, sendo ainda desconhecidos todos os possíveis comprometimentos persistentes do pós-covid-19. Em relação à pessoa idosa, uma proporção considerável de sobreviventes necessitará de reabilitação, a qual deve considerar, além da miríade de consequências advindas da infecção pelo SARS-CoV-2, a presença de multimorbidades, fragilidade e incapacidades prévias à covid-19. Objetivo: analisar as evidências científicas disponíveis sobre o papel da reabilitação da pessoa idosa com síndrome pós-covid-19. Métodos: Para esta revisão de escopo, foi considerada a literatura indexada, publicada em inglês, espanhol e português, e recuperada de nove bases de dados, no período entre março/2020 e julho/2022. Dois autores verificaram os títulos/resumos e textos completos independentemente, sendo as divergências resolvidas por um terceiro revisor. Os critérios de inclusão seguiram o mnemônico \"PCC\" (População: idosos 60 anos, Conceito: síndrome pós-covid-19, Contexto: reabilitação). Um formulário personalizado foi utilizado na extração dos dados, sendo estes analisados de maneira descritiva. Resultados: A busca retornou 9.208 artigos, sendo 19 estudos incluídos no final. A maior parte da evidência foi proveniente de estudos observacionais (52,6%), sendo a reabilitação realizada presencialmente (75%) e no contexto ambulatorial (63,1%). A idade dos participantes foi de 69,7 ±5,9 anos, sendo na sua maioria homens (73,7%). Dispneia, fadiga, dor, depressão, ansiedade e alterações gastrointestinais foram os sintomas mais reportados. A duração da reabilitação foi de 5,5±2,5 semanas, com frequência de 3,8±1,8 vezes/semana e sessões de 47,0±21,5 minutos. Em 87,5% dos estudos, a reabilitação cardiopulmonar e musculoesquelética estavam associadas. Outras intervenções (educacionais, nutricionais, psicológicas e/ou cognitivas) estiveram presentes em 62,5% dos estudos. Os principais desfechos incluíram a melhora da resistência cardiovascular, fadiga, mobilidade e força muscular. Conclusão: No pós-covid-19, a reabilitação da pessoa idosa foi focada nas consequências da doença e da hospitalização nos sistemas cardiorrespiratório e musculoesquelético. Embora tal abordagem seja essencial para recuperar a funcionalidade e prevenir/reverter a fragilização, outras intervenções (cognitiva, nutricional, psicológica e educacional) também são fundamentais para a manutenção da independência e da qualidade de vida e também devem ser integradas na reabilitação da pessoa idosa em futuros cenários semelhantes. |