Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Sanches, Marina da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-20082020-111800/
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Resumo: |
Com base em um VAR Estrutural de Blanchard e Perotti (2002), estimamos, em nosso primeiro artigo, multiplicadores fiscais para os diferentes componentes das despesas do governo central brasileiro, bem como para diferentes subperíodos da amostra 1997-2017. Os resultados sugerem um multiplicador fiscal maior e mais persistente para a amostra inteira, que inclui a crise recente do país, do que para a amostra do período 1997-2014. A diferença emerge de apenas dois componentes: benefícios sociais e investimentos públicos, que geram os maiores efeitos multiplicadores. Com base nessas estimações, analisamos, em particular, os efeitos da substituição de investimentos públicos por subsídios a partir de 2011 e do corte de investimentos desde 2015. Alguns cenários alternativos, com outras formas de ajuste fiscal, serão construídos a partir dos multiplicadores estimados. Nos cenários em que a política fiscal desempenha um papel anticíclico, elevando os investimentos públicos, a crise brasileira recente teria sido bem menos severa e a recuperação da economia, bem mais rápida. Nós também contribuímos à literatura empírica de multiplicadores fiscais em nosso segundo artigo, no qual o foco é apenas nos multiplicadores de benefícios sociais. Embora haja um consenso na literatura em torno do grande efeito multiplicador dos investimentos públicos, não é o caso dos gastos com benefícios sociais, cujo impacto tem sido marginalmente explorado -e é similar ao impacto do investimento público em nosso estudo. Nós mostramos que para cada real gasto em benefícios sociais, há um impulso no PIB (em termos acumulados) maior na amostra inteira do que no exercício conduzido para a amostra pré-crise. Quando nós desagregamos o efeito sobre os componentes do PIB, nosso artigo sugere que existe um multiplicador acumulado relevante tanto para o consumo das famílias como para o investimento privado. Além disso, todos os componentes dos benefícios sociais, em menor ou maior grau, mostraram uma diferença entre a resposta na amostra que inclui a crise recente do país e na amostra pré-crise. Finalmente, nosso terceiro artigo contribui à literatura de modelos Kaleckianos e constrói um modelo teórico para explicar um dos nossos resultados anteriores: o maior impacto dos benefícios sociais sobre o produto na amostra que inclui a recessão recente. Nosso modelo inclui o endividamento das famílias - mais especificamente o endividamento dos trabalhadores que recebem renda dos benefícios sociais - que desempenha um significante efeito estabilizador na demanda agregada. |