Espinhos da tradução: uma leitura  de Mémoires de porc-épic, de Alain Mabanckou

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Nogueira, Paula Souza Dias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-08032017-160757/
Resumo: O objetivo deste trabalho é apresentar ao leitor brasileiro a tradução do romance Mémoires de porc-épic (2006), de Alain Mabanckou. Para chegarmos à tradução, fez-se necessário entender alguns elementos centrais de sua poética e da estrutura narrativa do romance, assim como sua trajetória de vida e obra. Para tanto, discorremos, num primeiro momento, sobre sua visão de mundo e sobre as principais dimensões de sua poética, relacionando-os, sobretudo, ao pensamento rizomático proposto por Édouard Glissant. Em seguida, analisamos o romance em questão atentando para elementos macroestruturais, relacionados à literatura oral tradicional de algumas sociedades africanas de expressão francesa, nos baseando, majoritariamente, nos estudos feitos por Jacques Chevrier, e em elementos microestruturais, concernentes ao uso de repetições, paralelismos, interjeições, léxico africano, provérbios, responsáveis por criar o que Mabanckou chama de ritmo congolês da narrativa. Por fim, destinamos o terceiro capítulo à discussão tradutória, no qual apresentamos nosso projeto de tradução, baseado na abordagem de viés não etnocêntrico proposta, entre outros, por Antoine Berman; e nossa concepção sobre as notas de tradução, levando em consideração, primordialmente, o pensamento de Ana Cristina Cesar em relação ao ritmo na prosa. Apresentamos as notas de tradução divididas em dois blocos, o semântico e o sintático, ambos em diálogo com o que entendemos ser o ritmo da narrativa. A tradução completa é vista no anexo.