Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Queiroz, Maria Neuza Almeida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81131/tde-26012017-104013/
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Resumo: |
Procurou-se resgatar parte da história do ensino de Física no Brasil nas décadas de 1960 e 1970, quando o sistema educacional se subordinava à primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação brasileira - a LDB/1961, e, posteriormente, a Lei 5.692/1971. Esta primeira LDB provocou significativas modificações no currículo escolar ao descentralizar os programas das disciplinas escolares concedendo aos Estados e suas escolas a flexibilidade para definirem seus currículos mais ajustados às suas peculiaridades; possibilitou a realização de experiências educacionais e concedeu liberdade aos autores de livros didáticos, suprimindo a obrigatoriedade de seguirem um programa oficial. A partir da análise de documentos que orientaram o currículo nas escolas (legislação educacional, propostas curriculares apresentadas pelos Estados brasileiros, propostas de ensino apresentadas por grupos de pesquisadores e Universidades e livros didáticos de expressiva repercussão) editados no período para o nível equivalente ao atual Ensino Médio, buscou-se compreender os princípios (normativos, filosóficos e didático-pedagógicos) que nortearam o ensino de Física, no contexto colocado. No que tange as propostas curriculares específicas, objetivou-se compreender, por meio de uma análise de conteúdo, as concepções de Ciência e de Educação presentes nas mesmas, adotando como direcionamento da análise duas dimensões cognitivas - Epistemológica e Educativa. Do estudo na legislação, constatou-se a contradição entre o discurso da Lei e as formas de organização curricular que concedeu pouco espaço às disciplinas científicas, incluindo a Física. Contudo, outros fatores contribuíram para alentar o ensino de Ciências promovendo a entrada de propostas inovadoras no país; propiciaram a elaboração de propostas nacionais e também refletiram no mercado editorial dos livros didáticos. Das orientações curriculares específicas analisadas, os resultados revelam que as mesmas assumem diferentes visões de ciência Física: enquanto umas têm a Ciência como um processo dinâmico e de inerência experimental, ainda que alguns aspectos sejam pouco explorados, outras passam a ideia de ciência neutra, linear, ahistórica e, mesmo propondo experimentos, não enfatiza a inerência experimental da Física; priorizam os conceitos/definições e o formalismo matemático. Na perspectiva educacional, o ensino de Física no contexto estudado assumiu diferentes objetivos, tais como: apresentar ao aluno a ciência dos cientistas (transmissão de conteúdos do corpo de conhecimento da ciência/Física numa abordagem mais informativa); formar futuros cientistas e profissionais da área tecnológica e treinar para o acesso ao ensino superior. Algumas propostas assumiram o pressuposto pedagógico de conceder ao aluno uma participação mais ativa e de maior responsabilidade no seu processo de aprendizagem, e o papel do professor recolocado em uma posição mais periférica no processo educativo com a função de programar e controlar o processo de ensino. Outras permaneceram com as características do ensino tradicional, pressupondo um ensino expositivo auxiliado pelos manuais didáticos. |