Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Freitag, Bárbara Beatriz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-26102022-221010/
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Resumo: |
A sociedade vivencia mudanças na demografia internacional e nacional como reflexo de um envelhecimento populacional acelerado, do aumento da expectativa de vida e do declínio da taxa de fecundidade. O problema de pesquisa versa sobre a necessidade de identificar e caracterizar os trabalhadores idosos brasileiros. O objetivo geral desta tese foi tipificar os Brasileiros 60+ de acordo com a sua intenção de permanecer trabalhando. Uma das justificativas deste estudo é a de motivar a criação de políticas públicas e empresariais que considerem os trabalhadores idosos. Inicialmente, para compreender o contexto, foi realizada uma pesquisa exploratória na literatura acadêmica e especializada sobre envelhecimento populacional e dos trabalhadores. Na segunda fase deste estudo, foi realizada uma pesquisa descritiva, tipo Survey, com recorte de tempo transversal, por meio de questionário eletrônico e amostra não probabilística por conveniência e do tipo bola de neve. Realizada entre 19 de fevereiro e 10 de março de 2021, durante a pandemia da covid-19. O formulário teve questões fechadas e abertas. Os dados quantitativos foram tratados com estatística descritiva e os qualitativos, com nuvens de palavras. A partir da coleta de dados on-line obteve-se 481 respondentes. Para análise e discussão dos resultados, estes foram organizados e os respondentes foram divididos em dois grupos: Trabalhadores Brasileiros 60+ (TB60+), com 53,8% dos respondentes; e Outros Brasileiros 60+ (OSB60+), com os 46,2% restantes. Os TB60+ se diferenciam dos OSB60+, principalmente, por permanecerem estudando, já que 40,5% dos primeiros participaram de cursos há menos de um ano, enquanto a mesma porcentagem dos OSB60+ havia participado de cursos fazia mais de 10 anos. A maioria (52,2%) dos respondentes tem ensino superior completo, sendo que 34,4% dos TB60+ têm alguma pós-graduação frente a 22,2% dos OSB60+. A maioria dos TB60+ (62,2%) é responsável pela renda principal da família, enquanto no outro grupo, foram 53,2%. Entre os TB60+, 69,5% aposentaram-se formalmente, mas continuam a trabalhar como autônomos (34,4%) ou empresários (18,9%); as principais motivações para trabalhar são manter-se ativos (68,3%), exercer o propósito de vida (51,7%) e realizar-se pessoalmente (51%); o que mais valorizam numa oportunidade de trabalho é a autonomia para exercer a sua função (51,4%). Os principais desafios enfrentados pelos TB60+ para permanecerem trabalhando foram: informática mais avançada (24,7%), inglês fluente (21,2%) e idadismo (17,8%). Este estudo contribuiu para tipificar e diferenciar os TB60+ e os OSB60+, isto pode auxiliar na elaboração de políticas e práticas de Gestão de RH intergeracionais ou voltadas para os trabalhadores 60+, além de novos negócios e políticas públicas. Outra contribuição foi que, devido ao estilo adotado na amostragem e na coleta deste estudo, foi possível conhecer um perfil diferente de idosos no país, que talvez, não fosse considerado estatisticamente significante em um estudo com amostragem aleatória e representativo de toda a população idosa, devido à grande heterogeneidade do país. Dito isto, é imperativo esclarecer que os resultados deste estudo se limitam a esta amostra de respondentes e não podem ser generalizados para a população. Para estudos futuros, propõem-se pesquisas comparativas sobre trabalhadores 60+ em diferentes países, com o recorte temporal longitudinal e transversal, estudos sobre especificidades do idadismo em diferentes faixas etárias e profissões. |