Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Garcia, Samuel David Osorio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6134/tde-03062016-154555/
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Resumo: |
Introdução O aquecimento global gerado pelas mudanças climáticas tem efeitos negativos na mortalidade cardiovascular e respiratória de populações vulneráveis como os idosos, que têm uma menor capacidade de termo-regulação. São Paulo e Bogotá são duas grandes cidades latino-americanas com similitudes socioeconômicas e climáticas, com populações idosas em aumento, pelo qual são necessários estudos acerca da relação temperatura - mortalidade para a construção de políticas e estratégias com o objetivo de diminuir vulnerabilidades e aumentar a mitigação dos efeitos do clima na saúde de essa população vulnerável. Objetivo caracterizar a influencia da temperatura do ar ambiente na mortalidade cardiovascular e respiratória em idosos (65 anos ou mais) de São Paulo e Bogotá, e analisar as diferenças entre as duas cidades. Métodos Análise de séries temporais para o período 2002 - 2013, foram construídos modelos lineares generalizados do tipo Quase Poisson para estimar a relação das temperaturas máxima, mínima, média e amplitude térmica e a mortalidade cardiovascular e respiratória, de maneira separada em cada cidade; foram usadas variáveis de poluição, umidade relativa do ar, e variáveis do tempo para controle; foram usados modelos não lineares de lags distribuídos (DLNMs) para estudar a relação não linear entre temperatura mortalidade lags. Resultados O ponto de conforto térmico de temperatura média foi de 15.7oC em Bogotá para as duas mortalidades, e de 21.0 e 23.0oC para mortalidade respiratória e cardiovascular em São Paulo, respectivamente. O risco relativo (RR) de morte cardiovascular foi mais alto no percentil 2.5 da temperatura mínima (1.58, IC95 por cento : 1.36-1.83), e no percentil 97.5 da temperatura máxima (1.45, IC95 por cento : 1.19-1.77) para mortalidade respiratória em São Paulo; em Bogotá o frio teve um efeito protetor para mortalidade cardiovascular (RR: 0.34 no percentil 2.5 da temperatura mínima, IC95 por cento : 0.15-0.81). Conclusão O calor e o frio têm um efeito diferenciado na mortalidade cardiovascular e respiratória em São Paulo, em quanto que em Bogotá o frio teve um efeito protetor para mortalidade cardiovascular, o qual é um achado não usual. Estes resultados são instrumentos para a construção de estratégias para diminuir a vulnerabilidade e mitigar os efeitos da temperatura nos idosos. |