Efeitos da temperatura superficial marinha em peixes e zoantídeos de recifes no litoral da Paraíba – Brasil
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP Brasil UEPB Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação - PPGEC |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4009 |
Resumo: | As espécies marinhas, sobretudo aquelas de ambientes recifais, correm sério risco de sofrerem declínio populacional nos próximos anos, uma vez que a temperatura é ascendente devido as incessantes práticas humanas que lançam gases estufa na atmosfera. Organismos como peixes e cnidários por serem ectotérmicos são sensíveis a alterações na temperatura oceânica, o que traz uma preocupação para esses táxons em particular. Essa problemática é mais acentuada quando se trata de regiões tropicais, pois nessas áreas as espécies tendem a apresentar uma estreita faixa de tolerância térmica devido a relativa estabilidade da temperatura nos trópicos. Nessa perspectiva, há previsões para as próximas décadas que destacam o aquecimento térmico das águas oceânicas como causadora da diminuição da abundância de peixes e cnidários, como os zoantídeos, podendo chegar a extinção local de espécies. Desta forma, esse trabalho objetivou avaliar o efeito do aumento da temperatura das águas superficiais marinhas em peixes e zoantídeos de recifes tropicais situados no litoral da Paraíba (nordeste do Brasil), através de coletas de dados em campo e experimentação laboratorial explorando os limites de tolerância termal. Como resultados, foi observado que as colônias de Palythoa caribaeorum dos recifes dos Seixas demonstraram uma melhor saúde nos últimos meses de verão, com mais áreas sadias e menos pálidas e mortas. Por outro lado, nos recifes de Picãozinho, a saúde das colônias apresentaram uma estabilidade durante os meses de verão. Quanto aos peixes recifais, foi constatado que a temperatura crítica máxima (CTmáx) das três espécies (Stegastes variabilis, Haemulon aurolineatum, Haemulon squamipinna) não diferiram, ficando em torno de 37,4 ºC, diferentemente da temperatura letal máxima (LTmáx) a qual S.variabilis registrou 40ºC, representando mais de 1ºC em relação aos haemulídeos. Visando esses resultados, os zoantídeos parecem ser bons indicadores das condições ambientais, assim como, os experimentos de tolerância térmica traz importantes perspectivas de possíveis previsões de impactos da elevação da temperatura oceânica na fauna. |