Sistemas Convectivos de Mesoescala em Eventos de Água Precipitável Extrema em São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Godoy, Renan Muiños Parrode de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
MCS
SCM
WRF
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/14/14133/tde-13052024-142433/
Resumo: O principal objetivo deste trabalho é demonstrar a associação entre extremos de água precipitável (Pwat > 48 mm) e Sistemas Convectivos de Mesoescala (SCMs) intensos durante o verão no estado de São Paulo. Além disso, identificar se há padrões meteorológicos relacionados a esses eventos. Para análise das condições que levaram ao desenvolvimento de quatro eventos convectivos, foram utilizados dados observacionais, análises do modelo Global Forecast System (GFS) e simulações do modelo Weather Research and Forecasting (WRF). Os resultados revelaram padrões sinóticos comuns a todos os casos analisados: uma frente fria semi-estacionária no Oceano Atlântico, um centro de baixa pressão relativa próxima à costa de São Paulo, a presença da Alta da Bolívia e altos valores de e na região. As análises mostraram que os escoamentos em baixos níveis favoreceram a convergência de umidade e, como consequência, o aumento observado de Pwat pela radiossondagem do Campo de Marte. Apesar dos valores extremos de Pwat, a estação meteorológica de Mirante de Santana não registrou grandes acumulados de precipitação. No entanto, danos socioeconômicos associados aos SCMs foram reportados pela mídia em outras cidades do estado. A simulação do modelo WRF reproduziu o SCM conforme o observado. Testes estatísticos indicaram que a inicialização mais próxima à ocorrência do evento e a parametrização de microfísica Thompson apresentaram os melhores resultados para o caso de 04/01/2019. Diversos índices de instabilidade atmosférica foram calculados e indicaram a instabilidade na região, com o índice Gálvez-Davison destacando-se na estimativa das áreas propensas à convecção.