Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Bossonario, Pedro Augusto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-29012020-172510/
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Resumo: |
Este estudo objetivou analisar a assistência prestada às pessoas que vivem com HIV baseada nas ações de saúde ofertadas com enfoque na prevenção da transmissão do vírus no âmbito prisional. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo levantamento, elaborado com base em dados provenientes de um banco coletado entre agosto e novembro de 2015 em seis unidades prisionais (UP) dos municípios de Ribeirão Preto e Serra Azul, São Paulo. A população do estudo foi constituída por pessoas privadas de liberdade (PPL) que viviam com HIV e estavam custodiadas por seis meses ou mais. As variáveis selecionadas envolveram características sociodemográficas, de acompanhamento, prática sexual e ações ofertadas visando a prevenção do HIV. Os dados foram analisados por meio de técnicas estatísticas descritivas e da criação de indicadores relacionados à assistência prestada para a prevenção da transmissão do HIV, que foram classificados como insatisfatórios, regulares e satisfatórios conforme o valor médio das respostas dos entrevistados às perguntas com escala Likert, que variou de \"um\" a \"cinco\". Realizou-se análise de correspondência múltipla para verificar associação entre as variáveis da assistência prestada e as demais variáveis do estudo. Nos últimos 12 meses antes da entrevista, 44,7% dos 85 indivíduos que participaram do estudo relataram práticas sexuais, dos quais 73,7% com parceria fixa e 71,0% com relação sexual com pessoas do sexo oposto. Das 85 PPL, 15,3% recebiam visitas íntimas e 28,2% referiram sempre utilizar preservativo nas práticas sexuais. Identificou-se desempenho insatisfatório das UP quanto à oferta de gel lubrificante e orientações acerca do planejamento familiar/reprodutivo, sexo seguro, uso de preservativos e não compartilhamento de materiais perfurocortantes. A avaliação satisfatória permeou a distribuição de preservativos e a não existência de atraso na entrega da terapia antirretroviral. A oferta de exames sorológicos, a disponibilização de cartazes e/ou panfletos educativos e o questionamento sobre a regularidade da ingestão da TARV receberam avaliação regular. O desempenho regular/insatisfatório da assistência prestada foi associado às Penitenciárias A e D, Centros de Detenção Provisórias, indivíduos do sexo feminino, parceria fixa e eventual e não utilização de preservativos nas relações sexuais. O desempenho satisfatório associou-se à Penitenciária C, a indivíduos em regime semiaberto, de 23 a 30 anos, sem estudo, à relação sexual com parceiros do mesmo sexo e a pessoas que referiram quase nunca utilizar preservativos nas relações sexuais. Também houve associação entre sentenciados que cumpriam regime semiaberto e sem estudos em relação à maior oferta de orientação sobre sexo seguro. Identificou-se, ainda, a oferta de insumos para realização do sexo seguro, sem as respectivas orientações envolvendo a prevenção da transmissão do HIV nas UP. De modo geral, os resultados deste estudo contribuem com reflexões sobre o provimento de um cuidado em saúde que contemple ações de conscientização e motivação das PPL no tocante ao engajamento proativo na prevenção e no controle do HIV, bem como no autocuidado apoiado pela equipe de saúde prisional, já que as UP apresentam importantes oportunidades para atuarem de acordo com as prerrogativas da atenção primária à saúde, articuladas aos demais pontos da rede de atenção |