Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Ferraresi, Vanessa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-11042018-122744/
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Resumo: |
Essa dissertação investiga as relações entre os meios de comunicação, o capitalismo e a difusão de um discurso a respeito do autismo que o concebe como um cérebro anômalo. Para tal, procurou-se, primeiramente, examinar como o apagamento, no âmbito social, da visão de mundo concernente à teoria critica, evidencia a ascensão da forma de laço social denominada Discurso do Capitalista. Verificou-se também como a construção do campo da Psiquiatria Infantil e, no seu interior, o desenvolvimento do diagnóstico do autismo, submetem-se aos processos históricos. Concerne ainda à presente pesquisa, a reflexão sobre a atuação das mídias na difusão e manutenção de uma visão de mundo que confere à ciência um estatuto primordialmente tecnicista. Finalmente, no exame dos meios de comunicação, percebemos como, a partir de um texto que se pretende neutro, padrões de normalidade são disseminados como uma ciência vendida em drágeas. A partir disso, investigamos por meio da análise documental de reportagens publicadas, em periódicos destinados ao grande público, como o corpo dos autistas é apresentado. Vivemos, no campo do jornalismo científico, uma espécie de Idade Mídia na qual só é ciência aquilo que os periódicos criam como mercadoria, para ser consumida no mercado de saberes. O autismo, nesse sentido, é uma mercadoria desejada. A questão final da presente pesquisa recai sobre os possíveis desdobramentos que a noção de corpo em psicanálise pode apresentar como contraponto a um discurso biotecnológico acerca do autismo. |