As polícias militares como massas artificiais: hipóteses psicanalíticas acerca do laço policial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Nogueira, Guilherme Secotte
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-06092022-083825/
Resumo: Essa dissertação tem como objetivo investigar o laço social estabelecido entre policiais militares, a partir da suposição inicial de que é possível analisar as polícias militares como massas artificiais, termo proposto por Sigmund Freud em Psicologia das massas e análise do Eu (1921/2011). Secundariamente, discute-se os limites e possibilidades que a teoria freudiana sobre as massas possui, quando instituições altamente organizadas são analisadas sob essa perspectiva. Trabalhamos com pesquisas bibliográficas do campo da psicanálise e com obras e autores de outras áreas de conhecimento que tenham as polícias e os policiais militares como objetos de investigação ou permitam melhor compreendê-los. Apresentamos como Freud define as massas, os elementos que as constituem, os conceitos que permitem analisá-las e quais seriam as condições necessárias para podermos investigar as polícias militares enquanto massas artificiais. Nesse sentido, questionamos a importância do líder nas massas organizadas e, seguindo uma possibilidade indicada, mas pouco trabalhada por Freud, dissertamos sobre a viabilidade de substituir a figura do líder por ideias condutoras. Discorremos um breve panorama de quais poderiam ser as mais proeminentes e comuns ideias condutoras das polícias militares, a partir de uma revisão sobre a história e as práticas atuais das polícias e a formação dos policiais militares. Em seguida, aproximamos as ideias condutoras à teoria lacaniana dos significantes como uma forma de investigar como elas podem ser apropriadas pelos policiais, como circulariam nas corporações, quais seriam suas relações com o ideal do Eu e como essa modalidade de laço pode proporcionar satisfações aos sujeitos que as compõem. Por fim, seguindo as hipóteses construídas, levantamos algumas indagações sobre como a pulsão de morte pode se representar na relação entre os policiais, com os não-policiais e com o próprio Eu