Inclusão e acessibilidade na arquitetura: revisão sistemática sobre iluminação e baixa visão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Kaneko-Ito, Marcia Akemi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-03122021-164147/
Resumo: Aproximadamente 2.2 bilhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (2020), apresentam alguma deficiência visual para perto ou para longe e a maior parte delas, encontra-se com baixa visão. Pessoas com deficiências visuais, comumente apresentam muitas dificuldades para se mover e realizar tarefas da vida diária devido às condições de iluminação desfavoráveis existentes nos ambientes. Portanto, o objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos da iluminação na mobilidade e nas atividades da vida diária de pessoas com baixa visão, e identificar quais patologias se beneficiam dessa pesquisa. Para isso, uma revisão sistemática da literatura foi realizada e diretrizes do método PRISMA (2009) foram consideradas. As buscas na literatura conduziram-se em 8 bases de dados eletrônicas, sendo 6 convencionais (PubMed, Web of Science, Scopus, Cochrane Library, PsycINFO e Lighting Research and Technology) e 2 da literatura cinzenta (Google Scholar e ProQuest). Os termos low vision e sinônimos combinados com lighting e seus sinônimos foram usados para as buscas realizadas até maio de 2020. Para a inclusão e exclusão dos estudos, critérios de elegibilidade foram definidos antes do início das buscas. O Jadad Scale foi utilizado para avaliar a qualidade dos estudos individuais. A revisão sistemática da literatura resultou em 11 artigos totalmente relevantes para a presente pesquisa: 6 para atividades da vida diária (AVD) e 5 para mobilidade. Todos os artigos mostraram, tanto de forma quantitativa quanto qualitativa, a importância e o impacto da iluminação artificial e natural na vida de pessoas com baixa visão. 189 indivíduos, predominantemente femininos, foram investigados na questão AVD, e 512, predominantemente masculinos, na questão Mobilidade. Altos níveis de iluminação beneficiaram idosos com baixa visão e degeneração macular relacionada à idade em suas atividades da vida diária, principalmente na cozinha. Baixos níveis reduziram o desempenho da mobilidade dos indivíduos com meia-idade e baixa visão. Conclui-se que, apesar de moderados os efeitos dos altos níveis de iluminação nas atividades da vida diária e mobilidade, a qualidade de vida melhorou significativamente para essa população. E como a maior parte dos estudos relacionados à baixa visão e à iluminação englobava diversas doenças, houve dificuldade para apontar quais níveis de iluminação seriam os ideais para cada patologia, indicando a necessidade de mais pesquisas nessa área