Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Jéssica Norberto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-03122018-122740/
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Resumo: |
Os museus e centros de ciência no Brasil se encontram concentrados, em sua maioria, em grandes centros urbanos e o acesso a esses espaços ainda é restrito a apenas uma pequena parte da população. Nesse contexto, os museus e centros de ciências itinerantes ganharam força nas políticas públicas e vários deles foram criados no país nas últimas duas décadas. Por outro lado, é cada vez mais presente na literatura e nas ações desenvolvidas por esses espaços a demanda por compreender a sua contribuição para o processo de Alfabetização Científica. Diante deste panorama, esta pesquisa objetivou investigar se e como quatro museus e centros de ciências itinerantes brasileiros podem contribuir para a Alfabetização Científica de seus visitantes. Os quatro museus e centros de ciências itinerantes selecionados por sua relevância e público atingido foram: o Projeto Museu Itinerante (Promusit), do MCT-PUCRS; o Ciência Móvel Vida e Saúde para Todos, da Fiocruz; a Caravana da Ciência, da Fundação Cecierj; e o Museu Itinerante PONTO UFMG, da UFMG. A pesquisa assumiu uma abordagem prioritariamente qualitativa, mas, também, utilizou a análise quantitativa, buscando expressar em números algumas qualidades obtidas a partir da análise das experiências estudadas. Para tal, foram conduzidos os seguintes procedimentos de coleta de dados: pesquisa bibliográfica e documental, observações e descrição das exposições estudadas e entrevistas semiestruturadas com os responsáveis. Os dados obtidos foram analisados a partir da ferramenta teóricometodológica Indicadores de Alfabetização Científica adaptada de Cerati (2014) e ampliada de forma a aprofundar a caracterização das intensidades em que indicadores e atributos aparecem nas exposições. Os resultados revelam três tendências sobre como os indicadores e seus atributos são contemplados nas exposições. Assim, a primeira tendência indica que as experiências estudadas possuem, com relação ao Indicador Interação, forte potencial para a sua promoção, sendo que as interações física e estético-afetiva acontecem de forma aprofundada e a interação cognitiva de forma superficial. A segunda tendência aponta que as exposições possuem forte potencial para a promoção do Indicador Científico, privilegiando a expressão de conteúdos científicos gerais, como leis, conceitos e teorias, sobre os temas abordados, contudo, não favorecem a discussão sobre pesquisas científicas contemporâneas e em andamento e seus resultados, tampouco contribuem para fomentar discussões sobre o processo de produção do conhecimento e o papel e características dos cientistas. Por fim, a terceira tendência é relativa a possuírem pouco potencial para a promoção dos Indicadores Interface Social e Institucional e, quando o fazem, esses aparecem de forma superficial. Nas considerações finais, discutimos quatro desafios enfrentados pelos museus e centros de ciências itinerantes, sendo eles: 1) político e financeiro; 2) a divulgação científica na prática; 3) a itinerância na prática e 4) avaliação e pesquisa. |