Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Orlandi, Giovanna Mariah |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-29112016-094501/
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Resumo: |
Introdução: Um dos aspectos primordiais para o controle da tuberculose é a adesão ao tratamento. Tendo em vista as condições precárias de vida que os doentes em geral apresentam, incentivos relacionados ao suporte social e destinados ao alcance da cura têm sido recomendados e instituídos por órgãos governamentais. Neste sentido, este estudo teve o objetivo de analisar como profissionais de saúde da atenção básica percebem a influência de tais medidas na adesão ao tratamento da tuberculose em algumas Coordenadorias de Saúde do Município de São Paulo. Materiais e Métodos: Estudo exploratório e descritivo, com corte transversal e de abordagem qualiquantitativa. Amostra representativa de enfermeiros e médicos da Atenção Primária à Saúde de três Supervisões de Vigilância em Saúde do Município de São Paulo foi entrevistada, por meio de questionário semiestruturado, no período de maio a julho de 2015. O referencial teórico do estudo está posto na concepção da Determinação Social do Processo Saúde-Doença e em um dado conceito de adesão. Os dados quantitativos foram armazenados em banco de dados e os qualitativos (depoimentos dos profissionais) foram submetidos à técnica de análise de discurso. Os procedimentos éticos foram resguardados. Resultados: Entrevistou-se 86 profissionais, 60,5% enfermeiros e o restante eram médicos. A maior parcela (88,4%) afirmou conhecer as políticas de saúde municipais voltadas à para TB; 91,8% sabiam sobre a oferta de incentivos pelo Município; 90,7% referiram que o Tratamento Diretamente Observado contribui para a adesão ao tratamento; 65,1% apontaram não ter participado de capacitação sobre a doença; e apenas 39,5% souberam informar sobre indicadores relacionados à TB. Identificou-se, nos depoimentos, que incentivos como cesta básica e vale-transporte são muito relevantes para a cura do paciente quando associados ao vínculo com a equipe, principalmente porque os pacientes geralmente apresentam difíceis condições de vida. Porém, os incentivos não influenciam a adesão no caso de usuários de drogas ilícitas ou álcool, moradores de rua, pacientes com maior poder aquisitivo e aqueles que deixam de cuidar da própria saúde. Conclusão: Os incentivos constituem medida que ajuda na adesão ao tratamento da TB, principalmente quando associados ao vínculo entre a equipe de saúde e os pacientes. Considera-se que tais incentivos contribuem para o enfrentamento do tratamento, podem ser utilizados como estratégia paliativa, mas as intervenções dos profissionais de saúde e dos gestores devem ser orientadas a transformar a situação da TB, o que significa apoiar os processos que ajudem a mudar as condições de vida dos pacientes. |