Mimetismo apoptótico em Leishmania spp.: papel na interação parasita/hospedeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Balanco, José Mário de Freitas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42135/tde-14062005-192253/
Resumo: Promastigotas de Leishmania são encontradas no trato digestivo do inseto vetor e podem ser cultivados em alguns meios de cultura, onde ocorre a diferenciação regulada geneticamente entre procíclicos e metacíclicos infectivos. Amastigotas são intracelulares e irão se estabelecer e se multiplicar dentro dos vacúolos parasitóforos dos macrófagos. Os metacíclicos e os amastigotas possuem capacidade de evasão do sistema de defesa do hospedeiro vertebrado e conseguem estabelecer uma relação parasita/hospedeiro bem-sucedida. A apoptose, em organismos multicelulares, é uma forma controlada geneticamente de suicídio celular. A eliminação das células apoptóticas é feita pelos fagócitos sem que seja induzida uma resposta inflamatória. Em Leishmania, os eventos da apoptose parecem seguir os mesmos dos encontrados em metazoários, tais como: queda do potencial da mitocôndria, ativação de caspases, clivagem de substratos naturais de caspases, além da externalização de fosfatidilserina (PS) e seu papel na modulação da fagocitose. Nossos dados demonstraram que Leishmania é capaz de mimetizar e utilizar um dos fenômenos observados na apoptose em metazoários, a exposição de PS, como um mecanismo adaptativo para se estabelecer como um parasita de mamíferos.