A Subcorrente Norte do Brasil ao largo da Costa do Nordeste

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Marin, Fernando de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
CTD
SNB
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21132/tde-22092009-142640/
Resumo: A Subcorrente Norte do Brasil (SNB) é a corrente de contorno oeste que fecha o Giro Equatorial do Oceano Atlantico em sua porc¸ ao austral. É uma corrente vigorosa, com núcleo atingindo 1ms1 em profundidades de 150ma 250 m. Trabalhos pretéritos reportam que esta corrente transporta mais de 20 Sv (1 Sv = 106 m3 s1). Ao receber o aporte de volume de ramos da Corrente Sul Equatorial (CSE), em torno de 4 S 5 S, a SNB adquire núucleo em superfície e passa a ser denominada Corrente Norte do Brasil (CNB). Entretanto, nao há relato do padrao contínuo da SNB entre 11 S e as proximidades da linha do equador, por observacões de velocidade, na literatura. O objetivo desta dissertação é justamente o mapeamento sinótico e descrição da SNB e das estruturas de mesoescala associadas na faixa latitudinal supracitada. Para tanto, combinamos dados de ADCP de casco e de hidrografia. Os dados sao oriundos das comissoes OCEANO NORDESTE I (ONEI, verao 2002) e OCEANO NORDESTE II (ONEII, primavera 2004), realizadas a bordo do NOc Antares da Marinha do Brasil. Através de cálculo de velocidades geostróficas relativas a 1.150 m, análise dos dados de velocidades perfiladas pelo ADCP de casco e cálculo de velocidades geostróficas absolutas referenciadas pelos dados de ADCP a 160 m, obtivemos uma descrição da SNB que confirma e estende esforços anteriores de pesquisa. A SNB aparece como uma corrente robusta e presente ao longo de todas as radiais analisadas. Entre 11 S e as proximidades do Cabo Calcanhar (RN), o comportamento da corrente revela pouco meandramento, seguindo o talude continental nordestino. A exceção é um ramo ciclonico em torno de 4 S que cede volume para originar a Subcorrente Sul Equatorial (SSE) em nível subpicnoclínico. A SNB, provalvemente tentando conservar vorticidade potencial, frente à abrupta mudança de orientação da margem continental em 5 S, também desenvolve vii um meandro anticiclonico frontal centrado na longitude da cidade de Macau (RN) e com cerca de 150 km de raio. Como há evidencia do anticiclone nas duas comissões, especulamos tratar-se de uma estrutura semipermanente. Por tratar-se de um relato original, decidimos denominá-lo Vórtice de Macau (VM). Outro resultado relevante foi a documentação do processo de transformação da SNB em CNB, com avaliação do núcleo se tornando mais raso em direção ao equador. No cenário da ONEII, observamos a retroflexao picnoclínica da CNB, ocorrida no hemisfério boreal e a origem da Subcorrente Equatorial (SE) na área de estudo. Também como resultado inédito, os dados de velocidade observada mostraram que também há cessao de volume pela SNB para SE em torno de 1 S.