Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Santos, Allan Souza dos
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Orientador(a): |
Torres, Alex José Leite
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Banca de defesa: |
Silva Neto, Marinho Marques da,
Macambira, Simone Garcia,
Torres, Alex José Leite |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Imunologia - (PPGIM)
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Departamento: |
Instituto de Ciências da Saúde - ICS
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40053
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Resumo: |
O mieloma múltiplo (MM) é a segunda neoplasia hematológica mais frequente, decorrente da proliferação de plasmócitos produtores de proteína monoclonal, afetando majoritariamente a população idosa. Na última década, os avanços terapêuticos têm possibilitado aumento da sobrevida global dos pacientes, contudo a doença permanece incurável. Protocolos terapêuticos combinando agentes alquilantes, imunomoduladores, imunossupressores e imunoterapia induzem a uma alteração imunológica ainda pouco compreendida. O objetivo deste estudo foi caracterizar subpopulações linfocitárias em pacientes com Mieloma Múltiplo elegíveis ao Transplante Autólogo de Células-Tronco Hematopoiéticas (TACTH), utilizando a terapia de primeira linha com ciclofosfamida, talidomida, dexametasona associado ao daratumumabe (CTd-Dara), anticorpo monoclonal anti-CD38. Entre 2018 e 2022, 23 pacientes com MM recém-diagnosticados tiveram seus perfis linfocitários analisados em cinco momentos distintos e a resposta terapêutica monitorada por Next-Generation Flow (NGF), através da pesquisa de doença residual mensurável (DRM). Observou-se que o tratamento induziu mudanças significativas no perfil linfocitário, com destaque para a diminuição de linfócitos B e células NK. A composição das subpopulações de linfócitos B alterou significativamente ao longo do tratamento. Na avaliação de variáveis prognósticas, a expressão da molécula CD38 na superfície dos plasmócitos, revelou-se um marcador promissor, correlacionando-se a menores níveis de DRM para esta terapia e ao sistema R-ISS. Embora as subpopulações linfocitárias e as Células Tumorais Circulantes (CTCs) não tenham alcançado significância estatística em termos prognósticos, elas indicam um padrão que merece uma investigação mais aprofundada. Estes resultados enriquecem nossa compreensão sobre os efeitos imunomoduladores de terapias no MM e sinalizam caminhos para otimizar tratamentos e monitoramento de pacientes. |