Um estudo acerca da crítica à cultura moderna alemã pelo jovem Nietzsche a partir do termo descarga (Entladung)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Carneiro, Rafael Vieira Menezes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-25102016-130522/
Resumo: Este estudo tem como objetivo mostrar como Nietzsche, ao engendrar a sua metafísica do artista, realiza uma crítica à cultura moderna alemã. Para isto, realizaremos uma genealogia do conceito de descarga (Entladung), no qual Nietzsche caracteriza sua noção de trágico. Inicialmente, mostraremos que nas conferências O Drama Musical Grego e Sócrates e a Tragédia a noção de trágico em Nietzsche se apresenta no termo êxtase (ecstase). Esta concepção muda com o amadurecimento conceitual da metafísica do artista de Nietzsche a partir do distanciamento do pensamento de Schopenhauer. Assim, em A Visão Dionisíaca do Mundo, o termo Entladung já é empregado, no lugar da noção ecstase. Por sua vez, em O Nascimento da Tragédia, o jovem filólogo associa o termo Entladung ao conceito de Uno Primordial, apresentando de maneira mais acabada sua metafísica. Neste percurso genealógico, pretendemos mostrar que o desenvolvimento da metafísica do artista está atrelado a uma crítica à cultura moderna alemã através de uma associação de sua concepção de trágico ao conceito de catarse (katharsis) aristotélico.