À luz do ouro branco: lavoura canavieira paulista e a montagem do parque açucareiro de Campinas (c. 1790-1818)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Nicolette, Carlos Eduardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-15022023-120323/
Resumo: O espaço localizado na serra acima de São Paulo, conhecido como Oeste Paulista, passou por intensas mudanças na passagem do século XVIII para o XIX. Várias foram as vilas que tiveram sua demografia e economia alteradas à medida que eram instalados novos engenhos, à luz do rápido crescimento no preço do açúcar em razão da Revolução de escravizados em Saint-Domingue. A presente dissertação ancora-se na necessidade de compreender as particularidades das transformações econômicas e demográficas na vila de São Carlos, atual Campinas, na conjuntura da colônia; sendo assim, o objetivo central deste trabalho é investigar a montagem do complexo açucareiro em Campinas. O empreendimento analítico se assentou, majoritariamente, na análise serial das listas nominativas de habitantes, das quais foram retiradas todas as informações relacionadas às unidades açucareiras da vila, bem como nos mapas finais de produção do local. Também foram utilizados inventários de senhores de engenho, bem como o cruzamento com outras fontes relacionadas às trajetórias desses indivíduos. A partir da análise serial da documentação, foi possível depreender quais foram os sujeitos que montaram seus engenhos e partidos de cana em Campinas, bem como quais foram seus procedimentos quanto à produção durante a instalação das propriedades. Nesse sentido, tornou-se evidente que houve grandes transformações na paisagem agrária e social de Campinas na passagem do século XVIII para o XIX, passando por uma forte migração de sujeitos livres que desejavam participar da crescente economia açucareira, bem como da intensa compra de escravizados, especialmente africanos