Contagem de eosinófilos na segunda porção duodenal em pacientes com dispepsia funcional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Ivanna Beserra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-29012020-110930/
Resumo: Introdução: Dispepsia funcional (DF) é uma doença comum que acomete 20 a 40% da população dos países desenvolvidos. Estudos atuais identificaram alterações estruturais nesses pacientes como infiltração de eosinófilos no duodeno, o que aponta para um provável marcador diagnóstico da doença. Este estudo teve como objetivo a avaliação da contagem de eosinófilos na segunda porção duodenal, bem como seus produtos de degradação, em pacientes com DF. Metodologia: Foram incluídos no estudo 67 pacientes (24 com doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), 23 com DF e 12 controles). Todos os pacientes foram submetidos à endoscopia digestiva alta com fragmentos de biópsia obtidos do bulbo e segunda porção duodenal. A contagem de eosinófilos e de seus produtos de degranulação nesses segmentos foram avaliados quantitativamente em cinco campos aleatórios de grande aumento após coloração com hematoxilina-eosina e reação imuno-histoquímica utilizando anticorpo antiproteína básica maior. Resultados: Não houve um aumento estatisticamente significante na contagem dos eosinófilos no bulbo ou segunda porção duodenal no grupo com dispepsia funcional quando comparado aos controles. Pela avaliação imuno-histoquímica, a segunda porção duodenal mostrou maior degranulação em DF versus DRGE (p = 0,015), mas sem diferença estatística entre DF e controles (p = 0,711). Os tabagistas apresentaram maior infiltração de eosinófilos na segunda porção duodenal quando comparados aos não tabagistas (p = 0,02). Quanto à infecção pelo Helicobacter pylori, pacientes não infectados e com diagnóstico de DF tiveram maior contagem de eosinófilos no bulbo e segunda porção duodenal (p = 0,041 e p = 0,006, respectivamente). Conclusão: Não houve associação do aumento de eosinófilos na segunda porção duodenal com dispepsia funcional após avaliação de cortes histológicos corados com hematoxilina-eosina e imuno-histoquímica com proteína básica maior quando comparados a controles assintomáticos, porém houve diferença na avaliação imuno-histoquímica entre DF e DRGE