Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Cabianchi, Giovana Mendonça |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64135/tde-05102010-144343/
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Resumo: |
Os objetivos deste estudo foram: estimar a produção e a decomposição de serapilheira, quantificar os macronutrientes, além de avaliar a estrutura da vegetação e a composição florística de uma floresta de várzea em uma região sob forte influência antrópica no sudoeste da Amazônia. O conhecimento destes processos é extremamente importante, uma vez que tais informações fornecem dados essenciais para estimar a produção líquida destes sistemas, sua ciclagem de nutrientes, além de auxiliar na recuperação de áreas degradadas através de planos de manejo adequados. As coletas de serapilheira foram realizadas quinzenalmente, durante o período de Setembro de 2005 a Agosto de 2007 e o experimento de decomposição foi realizado no período de um ano. O levantamento florístico e as medidas de estrutura florestal foram realizadas em campanha intensiva em Agosto de 2009. A produção média anual de serapilheira foi de 12,7 t ha-1, com elevado grau de sazonalidade, apresentando maior produção durante os meses mais secos do ano. A produção para as frações obedeceu à seguinte ordem: folhas >> galhos > miscelânea. O retorno médio anual de carbono via serapilheira foi de 5,4 t ha-1. Em termos de proporção, existem quase duas vezes mais carbono sendo depositado no período seco do que no chuvoso. A devolução média anual de N foi de 199,6 kg ha- 1.O grande retorno deste elemento está relacionado à elevada deposição de serapilheira. A eficiência na utilização de nutrientes (EUN) foi de 57,9, valor considerado relativamente baixo, indicando que o suprimento de nitrogênio não é limitante nesta floresta. A razão C:N foi alta para as duas etapas do experimento de decomposição, atingindo valor máximo no início da estiagem (40,0), influenciando o processo de decomposição, que foi relativamente lento, principalmente durante os meses mais secos do ano. O valor médio anual do coeficiente k foi de 0,9 para os litterbags e 0,7 para o método da serapilheira acumulada. Durante o processo de decomposição predominou a imobilização de N e houve liberação lenta de C. O balanço parcial de carbono indica que cerca de 342,3 kg ha-1 de carbono são liberados anualmente para outros compartimentos do ecossistema, representando cerca de 34,2% da troca líquida do ecossistema. Para o inventário florestal foram medidos todos os indivíduos com DAP > 3,2 cm, totalizando 2.170 indivíduos. As árvores com DAP < 20,0 cm representaram 49,1% do total da floresta. Foi observado decréscimo progressivo na concentração de indivíduos conforme o aumento do diâmetro, indicando que a população está estável e provavelmente, crescendo. Para a composição florística foram identificados 266 indivíduos com DAP > 10 cm, sendo observadas 43 espécies, 17 famílias, e 4 espécies não identificadas. As principais famílias encontradas foram Leguminoseae (30,2%), Palmae (9,3%), Anonaceae (7,0%) e Sapotaceae (7,0%). O índice de diversidade de Shannon-Winer (H) foi 3,2. A área basal foi de 24,3 m2 ha-1. Estes valores são similares aos encontrados em florestas na região sul/sudoeste da Amazônia, situando-se abaixo dos valores na Amazônia Central. Os menores valores de área basal implicam em menor biomassa florestal, e consequentemente, em menores emissões de CO2 nesta região em caso de queimadas |