Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Botter, Isabel |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-05072012-105240/
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Resumo: |
A presente pesquisa partiu do desejo de se investigar as possibilidades terapêuticas do tratamento psicanalítico. A partir do estudo da obra Entre o sonho e a dor, do psicanalista J.-B. Pontalis, este campo inicial por demais abrangente pôde ser delimitado, e a questão do trabalho de pesquisa circunscrita. Optou-se por centralizar o estudo no processo de constituição daquilo que o autor chama de espaço psíquico uma metáfora que indica a realidade psíquica, ou, em outras palavras, a própria subjetividade, desde que viva. Esta noção do vivo é fundamental porque, diante de uma situação clínica em que o analista (Pontalis, no caso) experimentava a morte do espaço psíquico do paciente, colocava-se precisamente a necessidade de constituir ou recuperar esse espaço psíquico amortecido: que o sujeito pudesse nascer para si mesmo. O tratamento psicanalítico, então, para Pontalis, teria, entre outras, essa possibilidade terapêutica: favorecer a constituição (ou reinstalação) do espaço psíquico. Compreender analiticamente esse processo constitutivo, mediante o esclarecimento de suas bases metapsicológicas, é o objetivo deste trabalho. Para tanto, foram utilizados basicamente três conjuntos de referenciais teóricos: 1) alguns trabalhos do próprio Pontalis que constam da obra supracitada; 2) as posições esquizoparanoide e depressiva, do arsenal teórico kleiniano e, por fim, 3) as matrizes da intersubjetividade (Coelho Jr. e Figueiredo, 2004) e a metapsicologia do cuidado (Figueiredo, 2009). Esses fundamentos metapsicológicos estão apresentados, a título de organização, em dois eixos: no primeiro, os fundamentos relativos à dimensão intersubjetiva na constituição do espaço psíquico a que se atribuiu o nome de trabalho de transmissão, e cujo foco, nesta pesquisa, está nas funções exercidas pelos objetos primários. No segundo eixo, situam-se os fundamentos relativos à dimensão intrapsíquica da subjetividade, entre os quais, a partir de Melanie Klein e Luis Claudio Figueiredo, se destaca o trabalho do luto. Enfatizou-se e justificou-se que as dimensões intersubjetiva e intrapsíquica são interdependentes, não se opõem como experiências nem como conceitos antagônicos, de modo que o pareamento nos dois eixos foi tão-somente um recurso para organizar a estrutura da dissertação. Nas Considerações Finais, a hipótese da constituição do espaço psíquico como uma possibilidade terapêutica do tratamento psicanalítico é retomada, e acrescida de algumas considerações que a articulam à metapsicologia do cuidado. Em linhas gerais, sustenta-se que a instalação do espaço psíquico ou da metáfora materna (Pontalis) representa justamente a constituição de uma matriz de cuidado, isto é, da capacidade de cuidar de si e dos outros. Estas seriam, dentre outras, perspectivas terapêuticas que um processo psicanalítico pode almejar |