Comparação do potencial erosivo de duas fontes ácidas sobre o esmalte e avaliação de métodos de controle da erosão dental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Braga, Sheila Regina Maia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23134/tde-24102009-115349/
Resumo: Erosão dental é definida como a perda irreversível de tecido duro dental por um processo químico que não envolve bactérias. O objetivo deste trabalho foi comparar in vitro o potencial erosivo de duas fontes ácidas e avaliar métodos de controle da erosão dental em esmalte. Para a comparação das fontes ácidas, coroas de 5 molares inclusos foram seccionadas em quatro, totalizando 20 espécimes. Nos espécimes, uma superfície de esmalte (janela) de 3 x 3 mm foi delimitada. Os espécimes foram submetidos ao desafio erosivo em suco gástrico (obtido durante endoscopia) (n=10), ou suco de laranja (industrializado) (n=10), como segue: 5 minutos em 3 ml de solução ácida, enxágue com água destilada e armazenagem em saliva artificial por 3 horas. Este ciclo foi repetido 4 vezes ao dia por 14 dias. O cálcio (Ca) eliminado dos espécimes na solução ácida foi quantificado por Espectrometria de emissão atômica. A presença de carbonato (CO) e fosfato (PO) foi avaliada nos espécimes antes e após o desafio erosivo pela Espectroscopia FT-Raman. Para a avaliação dos métodos de controle da erosão quarenta espécimes de esmalte de molares inclusos foram distribuídos para cada um dos métodos propostos (n=10): gel de flúor fosfato acidulado (APF 1,23%), laser de Nd:YAG (100 mJ, 1 W, 10 Hz), associação flúor + laser e laser + flúor. Os métodos de controle foram aplicados 1 hora antes do desafio erosivo já descrito, realizado com ácido clorídrico (0,01 M/pH 2,2) como fonte ácida. O flúor foi mantido por 4 minutos sobre a superfície de esmalte. A superfície foi irradiada, com contato, após aplicação de um fotoabsorvedor. As associações foram feitas utilizando o flúor e o laser como descrito anteriormente. A perda de Ca dos espécimes foi quantificada por Espectrometria de emissão atômica e a rugosidade superficial dos espécimes (Ra) foi avaliada antes e após o desafio erosivo. Na comparação das fontes ácidas, os espécimes submetidos à erosão perderam: 12,74 ± 3,33 mg/L de Ca (suco gástrico) e 7,07 ± 1,44 mg/L de Ca (suco de laranja) (p=0,0003). A análise em Espectroscopia FT-Raman não detectou alteração significativa na razão CO/PO após o desafio ácido. Os valores CO/PO antes e depois do desafio foram: 0,16/0,17 (suco gástrico) (p=0,37) e 0,18/0,14 (suco de laranja) (p=0,16). Na avaliação dos métodos de controle da erosão, as perdas de Ca foram (mg/L): APF 1,707a (± 0,113), Nd:YAG 1,638a (±0,080), APF + Nd:YAG 1,385b (±0,078), Nd:YAG + APF 1,484b (±0,068). A rugosidade média inicial dos espécimes foi de 0,14 m. Após o desafio erosivo a rugosidade apresentou significativo aumento (p<0,01): APF 0,69bc (±0,091), Nd:YAG 0,87a (±0,119), APF + Nd:YAG 0,61c (±0,090) e Nd:YAG + APF 0,72b (±0,069). Foi possível concluir que o suco gástrico apresentou potencial erosivo ao esmalte maior que o suco de laranja. A associação entre flúor e laser apresentou-se mais eficaz no controle da erosão dental do que os métodos isoladamente.