O desempenho das firmas industriais brasileiras diante de uma maior integração com o mercado global: três ensaios

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Morais, Adriano Giacomini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-28092012-210148/
Resumo: A maior integração entre os mercados traz novos desafios às empresas que se arriscam no comércio internacional. Para competir no mercado global, as firmas nacionais precisam atingir patamares de produtividade compatíveis com as suas concorrentes estrangeiras. Além disso, existem sunk-costs que precisam ser pagos pelas firmas estreantes no mercado externo. Assim, uma empresa que deseja exportar precisa (1) atingir níveis de produtividade competitivos e (2) ter fluxo de caixa ou condições de tomar crédito para pagar os sunk-costs. A pesquisa se propõe justamente a analisar os efeitos do acesso ao comércio internacional sobre as firmas industriais brasileiras. Observaremos quais os impactos da exportação sobre a produtividade e da restrição de crédito das empresas sobre a exportação. Três artigos serão elaborados. No primeiro, estudaremos o número de destinos atendidos pelas firmas brasileiras nas suas vendas ao exterior. Queremos analisar as diferenças entre as empresas que exportam para muitos países das empresas que exportam para poucos. Também, queremos saber quais mercados as firmas priorizam e se há uma ordem de entrada nos países. No segundo artigo, avaliaremos os ganhos de produtividade ex-ante e ex-post que são obtidos pelas empresas que exportam para quatro blocos econômicos: o Mercosul, o Nafta, a Comunidade Européia e o Leste Asiático. Procuraremos detectar qual bloco oferece maior efeito aprendizado (ex-post) e qual bloco favorece nossas empresas mais produtivas (ex-ante). A análise é relevante diante da atual discussão acerca de qual estratégia de integração é mais vantajosa para o Brasil. Por fim, no terceiro artigo, trataremos da relação entre restrição de crédito e a decisão de exportar. Procuraremos testar uma direção de causalidade entre os dois: se firmas com menor restrição financeira são mais propensas a exportar, ou se firmas exportadoras tem a sua restrição de crédito reduzida. O estudo objetiva colaborar com políticas de crédito a empresas exportadoras. Nos três ensaios, confrontaremos os resultados obtidos no Brasil com o que foi observado por trabalhos feitos em outros países, procuraremos justificativas para as diferenças e, se possível, proporemos temas para pesquisas futuras.