Masculinidades e cuidado: diversidade e necessidades de saúde dos homens na atenção primária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Figueiredo, Wagner dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-15122008-155615/
Resumo: Estudou-se a relação do exercício das masculinidades com o cuidado em saúde para homens na atenção primária, para se compreender como são percebidas e apreendidas as necessidades de saúde masculina nas interações entre homens e profissionais de saúde, tomando como referência a identidade masculina. Partiu-se do pressuposto de que o exercício das masculinidades pode representar riscos para a saúde dos homens e que os serviços de saúde não incorporam os referenciais culturais de masculinidades nas práticas de saúde efetivadas. Foram estudados dois serviços de atenção primária à saúde por meio de observação direta das atividades assistenciais e de entrevistas com homens usuários e profissionais de saúde. Encontrou-se uma diversidade de modelos de masculinidade que definem diferentes formas para pensar o cuidado de saúde dos homens. O estudo aponta que a identidade masculina de gênero passa por diferentes dimensões, as quais devem ser consideradas na apreensão das necessidades e nas práticas de cuidados de saúde empreendidas aos homens. No entanto, os padrões hegemônicos de gênero socialmente construídos criam dificuldades para o bom cuidado da saúde masculina. Não obstante, a população masculina procura as unidades básicas de saúde. Embora presente, percebe-se barreiras no uso desses serviços, relacionadas à invisibilidade e à não identificação dos homens com os serviços de atenção primária. Observou-se que as necessidades de saúde dos homens estão pautadas por questões como o trabalho, a sexualidade, a estrutura corporal, a vida comunitária e as relações familiares. Discute-se que as necessidades de saúde das masculinidades e suas particularidades não são acolhidas integralmente nas práticas de cuidado dos serviços de atenção primária à saúde.