Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1996 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Charles Martins de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20191218-110014/
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Resumo: |
O gênero Dalbulus DeLong compreende atualmente 13 espécies distribuídas no continente Americano, principalmente no México (centro de origem) e América Central, alimentando-se de milho (Zea mays L.) e outras gramíneas dos gêneros Zea L. e Tripsacum L. Dalbulus maidis é a única espécie do gênero, registrada em milho no Brasil, sendo vetora de fitopatógenos (Mollicutes e vírus) limitantes à produção de milho na América Latina. Nesta pesquisa, avaliou-se a variação morfológica entre populações de D. maidis de diferentes regiões do Brasil, com latitudes e altitudes variáveis. Foram realizadas coletas de cigarrinhas em milho, em 27 localidades de 10 Estados brasileiros, com latitudes na faixa de 5 a 28°S e altitudes variando de 16 a 1578 m. D. maidis foi a única espécie de Dalbulus encontrada nas amostras. Foram examinados 10 machos e 10 fêmeas de D. maidis de cada amostra, quanto ao tamanho, pigmentação e peso do corpo. Verificou-se uma diferença significativa entre os sexos, exceto para coloração, sendo as fêmeas sempre maiores e mais pesadas que os machos, na mesma localidade. Para ambos os sexos, observou-se uma correlação positiva e significativa entre os parâmetros morfológicos avaliados e a latitude e altitude, onde os indivíduos foram coletados. Indivíduos coletados em baixas latitudes (região Nordeste) são menores, menos pigmentados e de menor peso que os de latitudes mais elevadas (região Centro-Sul). Observou-se também uma tendência de aumento do peso, largura de cápsula cefálica e comprimento de asas nas maiores altitudes. Concomitantemente ao estudo de variação morfológica, realizou-se um levantamento de parasitóides de ovos de D. maidis, durante quatro plantios consecutivos de milho em Piracicaba, SP. Duas espécies de parasitóides foram identificadas: Anagrus breviphragma Soyka (Hymenoptera, Mymaridae) e Oligosita sp. (Hymenoptera, Trichogrammatidae). As porcentagens de ovos parasitados no primeiro e segundo plantios foram, respectivamente, 22,4 e 33,3% para A. breviphragma, e 62,1 e 50,0% para Oligosita sp. A quantidade de ovos de D. maidis coletada no terceiro e quarto plantios foi muito pequena, não permitindo uma avaliação do parasitismo. As porcentagens de parasitismo observadas sugerem que estes parasitóides exercem um papel significativo no controle natural de populações de D. maidis. |