Expressão de genes relacionados ao metabolismo energético e lipídico em mulheres com obesidade grau III antes e após intervenção dietética

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Oliveira, Cristiana Côrtes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-06012016-153552/
Resumo: Vários genes já foram descritos com a capacidade de intervir na regulação do metabolismo energético, perda de peso, além da manutenção e estabilidade da gordura corporal, atuando no controle de diferentes vias metabólicas. Estudos têm mostrado claramente que a restrição energética é capaz de alterar a expressão gênica, influenciando a perda ponderal em pessoas com obesidade após diferentes tratamentos. Devido a maior facilidade no acesso por meio de biópsia, foi optado para o presente estudo a coleta de tecido adiposo subcutâneo. Portanto, o objetivo do presente estudo foi verificar a expressão dos genes ADRB3, UCPs, PLIN1, PPARG2 em tecido adiposo subcutâneo abdominal de mulheres com obesidade grau III, antes e após intervenção dietética hipocalórica e associar com variáveis antropométricas, taxa metabólica de repouso (TMR) e oxidação de substratos. A amostra foi composta por 11 mulheres com obesidade grau III submetidas à intervenção dietética por seis semanas e 10 mulheres eutróficas. Tratou-se de um estudo longitudinal, no qual foram coletadas medidas antropométricas de peso, estatura, índice de massa corporal (IMC) e circunferência abdominal (CA), composição corporal (massa corporal magra e massa gorda) por bioimpedância elétrica, TMR por calorimetria indireta e análise de expressão gênica por PCR em tempo real. Houve diminuição significante de peso, IMC, massa corporal magra, massa gorda e TMR após intervenção dietética, porém, não verificou-se diferença estatisticamente significante quando a taxa metabólica de repouso foi ajustada pelo peso e massa corporal magra. Ao comparar os dois grupos do estudo, verificou-se diferença significante para os indicadores de peso, IMC, CA, massa corporal magra, massa gorda, TMR e oxidação de lipídio, tanto no momento pré como no pósintervenção dietética. A expressão do gene UCP3 apresentou redução significante após 6 semanas de intervenção dietética hipocalórica (p=0,004). Houve correlação positiva entre a expressão do gene UCP2 e perda de peso em quilogramas (r=0,645, p=0,032) e porcentagem (r=0,727, p=0,011) no grupo de mulheres que receberam dieta hipocalórica. Já a análise da correlação entre a expressão dos genes do estudo com a oxidação de substratos antes e após intervenção dietética, verificou-se resultados positivos dos genes UCP3, PLIN1 e PPARG2 na oxidação de carboidrato e negativos dos genes PLIN1 e PPARG2 na oxidação de lipídios. Conclui-se que a intervenção dietética hipocalórica proporciona perda de peso, diminuição de medidas antropométricas e influencia na expressão dos genes estudados em mulheres com obesidade grau III.