Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Cruz, Marcelo Soares da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-30012017-100851/
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Resumo: |
A clínica psicanalítica contemporânea está desafiada a responder a condições emocionais marcadas por estados de solidão, desamparo, desorganização e enfraquecimento da experiência de alteridade, que podem se expressar nos chamados pacientes fronteiriços (borderline). Nesses estados psicopatológicos, descritos na literatura psicanalítica desde a década de 1930, há um componente central que se destaca e que inspirou a presente investigação. Trata-se da angústia de perda de objeto e da busca desesperada pelo outro na esperança de aplacar estados gravemente desestruturantes. Esta tese apresenta ponderações teóricas sobre esses pacientes a partir de importantes autores da psicanálise, além de uma revisão da literatura disponível em bases de dados relevantes, abrangendo pesquisas realizadas nos dez últimos anos sobre adicção e pacientes fronteiriços. Realizada a partir desse aprofundado estudo teórico, esta pesquisa teve o duplo objetivo de refletir sobre a forma de relacionamento estabelecida pelos pacientes fronteiriços e de ampliar a compreensão do drama contido nesse sofrimento. A investigação caracteriza-se como pesquisa psicanalítica qualitativa, desenvolvida com estudo de três casos clínicos: uma mulher de 41 anos, um adolescente de 14 e um homem de 32. Todos foram atendidos em contexto de psicoterapia psicanalítica individual, assim como todas as etapas da pesquisa ocorreram sustentadas pelo método psicanalítico, desde a produção, o registro e o tratamento do material, apresentado na forma de narrativas. Evidenciou-se a predominância de relacionamentos adictivos como marca proeminente da dinâmica dos três casos estudados. Tal dinâmica se manifestou intensamente na relação terapêutica e em outros vínculos na vida dessas pessoas, como se observou pelo relato dos pacientes. Considerando a história e os desenvolvimentos próprios de cada pessoa, esta pesquisa confirmou proposições de autores clássicos da psicanálise, bem como resultados de estudos mais atuais. A pesquisa trouxe, ainda, considerações que favoreceram a compreensão da dinâmica e da estrutura de personalidade de cada uma dessas pessoas, evidenciando- se a necessidade de serem acolhidas, compreendidas e tratadas, em função do intenso sofrimento e da extrema dificuldade que vivem |