Efeitos da competição intra-específica na seleção de árvores superiores de Eucalyptus saligna Smith

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1987
Autor(a) principal: Mori, Edson Seizo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20191218-171104/
Resumo: Este trabalho trata do estudo das relações competicionais existentes entre a árvore candidata e suas vizinhas em seleção de árvores superiores. As árvores candidatas foram selecionadas na proporção de 1:10.000, em três populações-base de Eucalyptus saligna Smith da procedência de Itatinga - SP, nas idades de 4, 5 e 6 anos, localizadas respectivamente em Itapeva - SP, Buri - SP e São Miguel Arcanjo - SP. Considerou-se para o estudo das características de vigor (altura, DAP e volume cilíndrico). Utilizou-se o delineamento estatístico em blocos casualizados para o estudo dos efeitos competicionais e as comparações de médias foram realizadas através dos testes Tukey e t pareado. O estudo foi subdividido em duas etapas: na primeira, utilizaram-se como tratamentos, a árvore candidata com 10 intervalos de distâncias, com o primeiro apresentando 2,0 m e os demais 1,0 m; na segunda consideraram-se a árvore candidata e 3 intervalos de distâncias, sendo o primeiro de 4,0m, o segundo de 4,1 a 9,0m e o terceiro de 9,1 a 11,0 m. As análises de variância individuais detectaram efeitos competicionais entre a árvore candidata e os diferentes sub-estratos para todas as idades e características. Através da análise conjunta demonstrou-se que os efeitos competicionais foram muito semelhantes entre as idades. Na idade de 4 anos os efeitos de competição atingiram até 2,0 m da árvore candidata, aos 5 anos evoluíram para 4,0 m e aos 6 anos para 5,0 m, em relação a todas as características. Houve supressão das árvores até 2,0 m da candidata e a partir de 9,0 m não se detectou sua influência direta. Os coeficientes de variação fenotípica da população podem fornecer bons indicativos do padrão do comportamento competicional; maiores coeficientes mostram maiores efeitos competicionais entre árvores fenotipicamente superiores sobre inferiores ocorrendo lado a lado. Quanto maior a herdabilidade de uma característica, menor é o efeito da competição na mesma. A altura foi a menos influenciada e o volume cilíndrico foi a que sofreu maior influência. Verificou-se que o modelo competiconal predominante, para todas as idades, foi aquele em que a árvore candidata suprimiu as árvores imediatamente ao redor (sub-estrato I), levando a concluir que, por esta razão o sub-estrato II tenha sido beneficiado e ocorrido estabilização no sub-estrato III. Para as idades mais precoces os efeitos competicionais foram menores e a prática de seleção fenotípica pode ser mais efetiva. Para idades mais avançadas é essencial que os efeitos competiconais sejam considerados nas metodologias de seleção.