Adesão ao tratamento de saúde pelo paciente hipertenso no Brasil: um estudo transversal sobre seus fatores associados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Serpa, Camila Munafó
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/89/89131/tde-10102016-154440/
Resumo: A hipertensão (HAS) é um problema de saúde pública global que afeta, em média, um quarto da população mundial, desencadeando elevados gastos de saúde e um número elevado de mortes, anualmente. A falta de adesão ao tratamento para a HAS é a principal responsável pelo aumento da morbimortalidade, das internações hospitalares, dos gastos em saúde e pior qualidade de vida entre os pacientes. Objetivo: Analisar os fatores clínicos, demográficos e socioeconômicos associados ao grau de adesão de adultos e idosos hipertensos, ao tratamento para HAS no Brasil, descrevendo seu grau de adesão. Metodologia: Trata-se de um estudo analítico de corte transversal, utilizando dados secundários da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) realizada pelo IBGE em 2013, envolvendo 7203 pacientes hipertensos, adultos e idosos de ambos os sexos, que buscou analisar os fatores associados ao grau de adesão ao tratamento para hipertensão, por meio de regressão beta com função de ligação logit. A análise das variáveis estatisticamente significativas, deu-se por meio da razão de chances e probabilidade de associação com o grau de adesão. Resultados: O grau de adesão médio da amostra estudada foi de 69,48%. Os fatores encontrados associados ao grau de adesão foram: a presença de outras doenças além da hipertensão, o grau de depressão, a avaliação do estado de saúde, a região do país, o gênero, a idade, a etnia, viver ou não com companheiro e a escolaridade, sendo que, ser do gênero feminino foi o fator que mais favoreceu a adesão e possuir um grau de depressão severo, o que menor favoreceu à adesão. Conclusão: Tanto fatores clínicos, socioeconômicos, quanto demográficos foram significativamente associados ao grau de adesão ao tratamento da HAS. Sugere-se que estudos relacionados à melhora da adesão em relação a cada um dos fatores analisados sejam realizados, de forma a amenizar os efeitos deletérios ou potencializar seus efeitos benéficos, principalmente quanto a indivíduos do gênero masculino, que apresentam maior tendência de não adesão aos tratamentos de saúde de forma geral.