Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Nunes, Alanne Tenório |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-19042021-131925/
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Resumo: |
A biocolina é um aditivo de origem vegetal alternativo à colina sintética, com degradabilidade ruminal relativamente baixa, composto de conjugados de celulose e colina, especialmente fosfatidilcolina. Objetivou-se no presente estudo determinar os efeitos da suplementação de biocolina na dieta de vacas leiteiras sobre o consumo e digestibilidade aparente total da matéria seca (MS) e nutrientes, fermentação ruminal, índice de seleção, balanço de nitrogênio, síntese de proteína microbiana, metabólitos sanguíneos, produção (PL) e composição do leite. Foram utilizadas 24 vacas da raça Holandesa (sendo quatro com cânulas ruminais) com 163 ± 98,0 (média ± DP) dias em lactação (DEL), PL de 27,6 ± 7,14 kg/dia, peso corporal (PC) de 636 ± 83,2 kg e escore de condição corporal (ECC) de 2,59 ± 0,154, distribuídas em seis quadrados Latinos 4 x 4, de acordo com a PL, DEL e PC ao início do experimento e presença de cânula ruminal. As sequências de tratamento foram designadas aleatoriamente aos quadrados e consistiram na suplementação de biocolina (Biocholine poder®, Techno Feeds Brasil Ltda, Campinas, Brasil) nas doses de 0, 7, 14 e 21 g/vaca/dia. Os animais foram submetidos a 14 dias de adaptação aos tratamentos e os últimos 7 dias de cada período foram utilizados para coleta de amostras e mensuração de variáveis. Os dados foram submetidos à análise de variância, inserindo no modelo os efeitos fixos de tratamento, período e quadrado, e o efeito aleatório de animal dentro de quadrado. Para análise de fermentação ruminal, foram adicionados no modelo os efeitos de tempo e sua interação com o tratamento. Os dados foram analisados através de regressão polinomial para avaliação dos comportamentos linear e quadrático dos níveis de biocolina. O contraste controle vs. suplementação de biocolina também foi avaliado. Foram considerados nível de significância de 5% e tendência entre 5 e 10%. Doses crescentes de biocolina influenciaram o índice de seleção de partículas de maneira quadrática, aumentando o consumo de partículas maiores que 19 mm (P = 0,010) e reduzindo o consumo de partículas entre 8 e 19 mm (P = 0,003). A inclusão de biocolina aumentou linearmente (P =) a digestibilidade do extrato etéreo, sem afetar o consumo e a digestibilidade da MS e dos demais nutrientes (P > 0,10). Houve redução do pH ruminal de vacas suplementadas com biocolina (6,17 vs. 6,09 para controle e biocolina, respectivamente; P = 0,046), sem alteração (P> 0,10) das concentrações de N-NH3 e ácidos graxos de cadeia curta no rúmen. A suplementação de biocolina aumentou a PL e a eficiência produtiva de maneira quadrática (máximos valores estimados para as doses de 10,98 e 9,94 g/vaca/dia, respectivamente; P ≤ 0,043), com tendência para efeito quadrático positivo sobre a produção de proteína (P = 0,052) e lactose (P = 0,056). O estudo não forneceu evidências de efeitos da biocolina sobre a produção de gordura e sobre os teores de gordura, proteína e lactose do leite, bem como sobre o balanço de nitrogênio, síntese de proteína microbiana e metabólitos sanguíneos (P > 0,10). A suplementação de biocolina para vacas leiteiras em meio de lactação melhora a produção e a eficiência de síntese do leite, sem efeitos sobre consumo de nutrientes e fermentação ruminal, sugerindo efeitos pós-ruminais. A análise de regressão revelou que a biocolina deve ser suplementada em doses em torno de 10 g/vaca/dia. |