Estudo da morbidade residual da esquistossomose mansônica através da ultra-sonografia no município de Bananal, São Paulo, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Santo, Maria Cristina Carvalho do Espirito
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-26012007-170244/
Resumo: Este estudo desenvolveu-se no município de Bananal, São Paulo, uma área endêmica para esquistossomose com prevalência menor que 10% e baixa carga parasitária dos infectados. Teve como objetivo a identificação de formas clínicas da esquistossomose mansônica entre 109 pacientes diagnosticados parasitoscopicamente e medicados com oxamniquine, durante a realização do Plano de Intensificação das Ações de Controle da Esquistossomose Mansônica (1998-2000). Utilizou-se a ultra-sonografia abdominal e o exame de fezes (Kato-Katz) realizado, em média, quatro anos após o término do plano. Nesta casuística, foram identificados cinco pacientes com imagens ultra-sonográficas abdominais compatíveis com fibrose periportal periférica e central e hipertensão portal que tinham diagnósticos clínicos de esquistossomose na sua forma intestinal. A ultra-sonografia é um método de diagnóstico sensível, incruento, que possibilitou a identificação de casos de esquistossomose com comprometimento hepático mais extenso do que se expressava pelo exame físico. Mesmo considerando uma prevalência baixa de alterações hepáticas e de circulação portal nesta casuística, evidencia-se a importância do emprego do método ultra-sonográfico na avaliação individual dos pacientes esquistossomóticos, por permitir a detecção de alterações morfológicas e funcionais que podem ter conseqüências clínicas relevantes. Deve-se assinalar ainda que, no momento do exame, todos os pacientes tiveram coproscopias negativas, revelando a efetividade das ações de controle no médio prazo. Devemos considerar que a realização do estudo ultra-sonográfico em média quatro anos após o tratamento específico dessa população, provavelmente detectou menos alterações do que aconteceria se o estudo fosse feito no momento do diagnóstico parasitológico, pois se sabe que a involução, ainda que parcial da fibrose e de alterações funcionais conseqüentes a ela, ocorre após tratamento específico. Por fim, apesar do pequeno número de casos avaliados, a estratégia utilizada no presente trabalho começou a preencher a lacuna de avaliação do impacto da esquistossomose sobre a saúde do cidadão bananalense, percebida durante o desenvolvimento do Plano de Intensificação das Ações de Controle da Esquistossomose Mansônica, período de 1998 a 2000.