Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Santos, Karina Ramos dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5179/tde-26062024-165655/
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Resumo: |
Aedes aegypti é um mosquito urbano, pantropical e antropofílico. É um dos mais importantes vetores de patógenos do mundo, entre eles os vírus Dengue, Zika e Chikungunya. Sua alta variabilidade genética propicia fácil adaptação a diferentes ambientes, fazendo com que a sua mitigação seja um desafio complexo. Estima-se que diversas condições ambientais e sociais influenciem sua disseminação. Entretanto, poucas dessas condições foram testadas considerando sua relação com dados epidemiológicos. Neste cenário, o município de Santos é uma adequada cidade-modelo para estudo. Cidade portuária localizada no Estado de São Paulo, é altamente urbanizada, socialmente heterogênea, tem mosquitofauna monitorada por 480 armadilhas, e concentra numerosos casos de Dengue. O objetivo desta pesquisa foi a investigação da correlação entre fatores ambientais/sociais e a infestação do mosquito Ae. aegypti na região portuária de Santos. Para fins estatísticos, foram utilizados os 671 setores censitários (SC) contíguos (definidos pelo IBGE) da região insular da cidade, para os quais se conhece a vulnerabilidade social (VS) e densidade humana (DH). Dados de temperatura (TM) e pluviosidade (PL) foram registrados pela Defesa Civil da cidade. Dados de infestação por mosquitos Ae. aegypti (MO) foram semanalmente obtidos nas armadilhas pela prefeitura. Os softwares R e QGIS foram utilizados para o tratamento de dados e estatística. TM e PL mensais foram comparadas com a captura mensal de MO correspondentes ao mesmo período. DH e VS foram comparados de acordo com as semanas epidemiológicas. A cobertura vegetal (NDVI) da cidade foi estimada mediante imagens satelitais. Cerca de 85 mil fêmeas Ae. aegypti foram capturadas entre 2012-2022. MO variou sazonalmente e entre os anos, com maior pico durante a pandemia de SarsCov2. Houve correlação positiva entre MO e TM com um atraso de cerca de 9 semanas, sugerindoque o calor estimula a proliferação de mosquitos a médio prazo. Esse resultado é consistente com a literatura e pode indicar efeitos de ilhas de calor. Correlação positiva, porém mais fraca, surgiu entre MO e PL também com atraso de 9 semanas. Assim, TM parece ser um fator influente a todo o desenvolvimento do mosquito, enquanto PL tenha importância mais restrita à fase larval. Não houve correlação significativa entre MO e VS, o que é corroborado por estudos anteriores também em Santos. Não houve correlação entre MO e DH. Estudos anteriores também descrevem que Ae. aegypti possui baixa oviposição em áreas de maior DH que já foram urbanizadas, sendo HD um fator mais importante em locais de urbanização rápida e não organizada. Houve baixa correlação negativa entre NDVI e MO, indicando que cobertura vegetal tem papel antagonista, embora fraco, à proliferação do mosquitos. Em conjunto, esses achados auxiliam a definir quando e onde a mitigação do mosquito deve ser priorizada |