Resumo: |
Considerando-se a relevância da influência da musculatura na funcionalidade do sistema estomatognático, buscou-se com este trabalho realizar avaliação do comportamento e atuação da musculatura mastigatória em indivíduo diabético, tipo 2. Este estudo teve como objetivo comparar a atividade eletromiográfica, a espessura dos músculos masseter e temporal e a força de mordida entre indivíduos portadores de diabetes (GD) e um grupo controle (GC), saudáveis. A atividade eletromiográfica foi avaliada utilizando o eletromiógrafo Myosystem BR-1 nas condições posturais da mandíbula e na mastigação não-habitual de Parafilme M® e habitual de uvas passas e amendoins. Para a análise da espessura muscular foram adquiridas imagens dos músculos masseter e temporal no repouso e na contração voluntária máxima utilizando o aparelho de ultrassom SonoSite Titan. A força de mordida molar máxima direita e esquerda foi obtida por meio do dinamômetro digital Kratos. Os dados coletados foram submetidos ao tratamento estatístico utilizando testes de comparação (teste t de Student), considerando o intervalo de confiança de 95% (SPSS 20.0). Os resultados obtidos nesta pesquisa revelaram que os indivíduos com diabetes apresentaram na atividade eletromiográfica diferença estatisticamente significante apenas na condição de mastigação de Parafilme M®para os músculos temporais esquerdo e direito (p<0,05). Na análise ultrassonográfica verificou-se maior espessura muscular para os masseteres e menor espessura para os temporais no grupo diabético quando comparado ao grupo controle, estatísticamente significante. Com relação à força de mordida, observou-se que nos indivíduos diabéticos, a força de mordida foi menor, sem significância estatística. Concluiu-se que, os músculos masseteres e temporais dos diabéticos, tipo 2, sofreram alterações eletromiográficas e em suas espessuras, o que requer do cirurgião-dentista oferecer tratamentos odontológicos que reabilitem com maior eficiência seus pacientes diabéticos. |
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