Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Bianquini, Melina Lellis |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17155/tde-19072018-101754/
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Resumo: |
O HEV é um patógeno viral, transmitido principalmente pela via fecal-oral e responsável por grandes surtos de hepatite em todo o mundo. A hepatite E é considerada a hepatite com transmissão entérica mais frequente no mundo, e um importante problema de saúde pública. Por apresentar uma fase sanguínea assintomática e ser um agente emergente, cuja incidência vem aumentando ao longo da última década, o HEV é também considerado um problema para a hemoterapia, uma vez que põe em risco a segurança transfusional, devido ao risco de sua transmissão por transfusão sanguínea. No Brasil, sua ocorrência e características ainda não são compreendidas e os estudos disponíveis são limitados. Objetivo: Determinar a prevalência do HEV em doadores de sangue do Hemocentro de Ribeirão Preto no ano de 2015. Material e Métodos: Foram selecionados aleatoriamente 1.000 doadores de sangue do Hemocentro de Ribeirão Preto no período de janeiro a dezembro de 2015. Inicialmente, foi realizada a pesquisa de anticorpos da classe IgG do HEV em plasma, utilizando a metodologia de imuno-ensaio enzimático (ELISA). As amostras que se apresentaram reagentes (positivas ou inconclusivas) para IgG HEV, foram submetidas à pesquisa de antígenos virais, também por metodologia ELISA. Paralelamente aos testes sorológicos, foi realizado o teste molecular para a detecção de RNA viral, aplicando a técnica de PCR em tempo real e utilizando primers desenhados para a região mais conservada do vírus (ORF-3). Resultados: Entre as 1.000 amostras testadas, 124 foram positivas para a pesquisa de anticorpos anti-HEV IgG e 5 foram inconclusivas. A soroprevalência encontrada foi de 12,5%. A maior prevalência encontrada foi na faixa etária de 50-59 anos (21,2%, p<0,01), porém com aumento significativo entre os 40 e 69 anos de idade. A menor prevalência encontrada foi no grupo etário de 18 a 29 anos (3,9%). A soroprevalência foi proporcionalmente maior entre os indivíduos do gênero masculino (14,3%, p<0,06) em relação aos indivíduos do sexo feminino (10,4%). Nenhuma das amostras testadas foi positiva para a pesquisa de antígenos HEV e nem para a detecção de RNA viral. Conclusão: A soroprevalência do vírus da hepatite E encontrada entre os doadores de sangue de Ribeirão Preto foi alta (12,5%) e compatível com os dados nacionais de soroprevalência entre doadores. A viremia não pode ser estabelecida, pois não foram encontrados casos de HEV RNA positivos. |