Protocolo institucional em gestantes com espectro do acretismo placentário em hospital de nível terciário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Godinho, Larissa Mariz de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17165/tde-08052023-141117/
Resumo: Introdução: O espectro do acretismo placentário é uma condição na qual há implantação anormal do tecido trofoblástico ao miométrio. Embora pouco frequente, tal anormalidade tem apresentado aumento em sua incidência nas últimas décadas. A aderência anormal do tecido placentário ao miométrio, decorrente da ausência parcial ou total da decídua basal e do desenvolvimento anormal de tecido fibrinoide ou da camada de Nitabuch, resulta na ausência da linha fisiológica de clivagem fazendo com que alguns ou todos os cotilédones fiquem firmemente ancorados, levando à hemorragia após tentativa de dequitação. O espectro do acretismo placentário, importante causador de hemorragia puerperal, está associado a altas taxas de morbimortalidade do binômio materno-fetal, com necessidade de transfusão de hemoconcentrados além de riscos de lesões de órgãos e estruturas adjacentes. O diagnóstico do espectro, ainda que o padrão ouro seja histopatológico, atualmente tem como forte aliado o ultrassom de alta resolução com estudo Doppler colorido para avaliação de achados ecográficos que sugiram o espectro. Os tratamentos propostos variam desde conduta conservadora até a histerectomia pós-parto, associada, ou não, a procedimentos endovasculares. Para a prevenção/tratamento de uma das principais complicações desta patologia, a hemorragia puerperal, é imprescindível o encaminhamento desta gestante assim que suspeito do espectro do acretismo placentário para um centro com equipe multiprofissional e implementação de um protocolo de transfusão de hemoconcentrados, visando redução da morbimortalidade materna e fetal. Objetivo: realizar uma revisão da literatura para estabelecer um protocolo em um serviço terciário, analisando desde a melhor metodologia diagnóstica, como o melhor momento de resolução da gestação, além de definição de tipo de anestesia, realização de intervenção pela urologia, realização ou não de histerectomia, assim como associação ou não de procedimentos endovasculares. Material e metodologia: revisão da literatura sobre o espectro do acretismo placentário, seu diagnóstico e manejo de doença. Discussão: elaboração do protocolo institucional para gestantes com suspeita do espectro em um hospital terciário.