Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Bertucci, Carlos Eduardo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-09052008-134102/
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Resumo: |
O Custeio Alvo, desenvolvido dentro do ambiente empresarial japonês, teve forte difusão no ambiente ocidental a partir da década de 1990. Alguns estudos identificaram, no entanto, que o modelo sofreu uma série de adaptações para se adequar às características de um ambiente distinto daquele para o qual havia sido concebido; adicionalmente, identificou-se também que empresas haviam desenvolvido estruturas similares à do Custeio Alvo sem terem tido conhecimento da estrutura conceitual do modelo. O presente estudo desejou avaliar se o Custeio Alvo é utilizado no Brasil por um segmento específico da indústria, o de Autopeças, se houve alterações significativas em relação ao que a Literatura preconiza e se alguns fatores contingentes específicos possuem influência na adoção do modelo. O estudo teve por foco as empresas com faturamento bruto superior a 50 milhões de R$ em 2006 e comprometimento de vendas com montadoras superior a 75% do total. Realizou-se uma survey com as empresas associadas ao SINDIPEÇAS (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores), contatando-se alguns respondentes para complementação das informações. Os dados foram analisados com o uso de testes não-paramétricos. O estudo concluiu que os preços não são formalmente comunicados pelas montadoras em seus processos de cotação, mas apenas sinalizados, de forma que as Autopeças possuem pequeno poder discricionário para atuar sobre as características do produto e conseqüentemente sobre seu preço - desta forma, as empresas não utilizam predominantemente a abordagem do Custeio Alvo, optando por modelos de cost plus, onde seus preços são definidos a partir de sua estrutura de custos. Identificou-se também que algumas das práticas do Custeio Alvo são amplamente utilizadas, a exemplo da engenharia de valor, adequação dos custos a limitações externas e uso de grupos multifuncionais; em relação a este último, identificou-se forte participação dos departamentos de vendas (coordenador do processo) e controladoria, diferentemente do que se havia identificado em outros estudos. No entanto, o relacionamento com fornecedores é geralmente conflitivo, baseando-se mais em pressões durante negociações do que em estratégias conjuntas. Adicionalmente, o comprometimento com o Custo Máximo Admissível, definido durante o processo de cotação, é bastante baixo - as empresas freqüentemente aceitam lançar produtos sem que o Custo Máximo Admissível tenha sido alcançado, executando atividades de kaizen e melhorias contínuas após o lançamento de forma a alterar características que já deveriam ter sido comprometidas durante o projeto. Finalmente, ao realizar cotações, as empresas não consideram apenas os custos incrementais - são freqüentemente realizadas alocações de custos indiretos, administrativos e logísticos. |