Conhecimentos, crenças, opiniões e conduta em relação à aids de estudantes do segundo grau de escolas estaduais do município de São Paulo, 1993

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1994
Autor(a) principal: Cordeiro, Rogério Guimarães Frota
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-29012018-175526/
Resumo: Esta pesquisa teve por objeto o estudo de conhecimentos, crenças, opiniões e conduta relacionados à AIDS, de estudantes do segundo grau de escolas estaduais do município de São Paulo. Pretendeu-se oferecer subsídios para órgãos governamentais das áreas de educação e saúde interessados na temática. A amostra foi não-probabilística, constituída de 1068 estudantes de primeiras e terceiras séries do segundo grau de escolas estaduais pertencentes à Divisão Regional de Ensino-3. Realizou-se um \"survey\" analítico, aplicando-se questionário estruturado, como instrumento de medida. O questionário, auto-aplicável, foi elaborado a partir de pesquisa exploratória. Algumas variáveis independentes foram selecionadas: sexo, idade, escolaridade e ocupação dos pais, se teve ou não relação sexual, idade da primeira relação sexual, número de relações nos últimos 30 dias, parceiro sexual e fontes de informação mais importantes sobre a AIDS. Os resultados revelaram que 98,5 por cento dos respondentes declararam que a AIDS pode ser evitada, tendo a maioria manifestado conhecimento razoável sobre formas de transmissão. Contudo, 53,5 por cento opinaram que a doação de sangue pode ser um meio de transmitir o HIV e 50,6 por cento manifestaram receio da proximidade física de doente de AIDS. Apenas 37,0 por cento declararam conhecer bem o modo de colocar e retirar a camisinha. A maioria dos jovens (94,4 por cento ) concordou não ser destino da pessoa ter AIDS. Evidenciou-se baixo nível de percepção da suscetibilidade pessoal à AIDS. Cerca de 55,0 por cento declararam certo grau de descrença na camisinha como meio de evitar a AIDS. A fidelidade do homem e da mulher foram fatores considerados importantes para evitar a AIDS, para cerca de 86 por cento . Os respondentes manifestaram alto grau de preocupação se tivessem relação sexual inesperada sem usar camisinha (75,5 por cento ), porém, 67 por cento não usam, ou raramente usam camisinha. O uso da camisinha associou-se, de forma significativa, às opiniões dos respondentes referentes a considerarem ser a camisinha incômoda, interferir no prazer da mulher, estragar o \"clima\" e diminuir a vontade de fazer sexo. Concluiu-se que, embora os respondentes tivessem revelado conhecimentos sobre alguns aspectos da transmissão e prevenção da AIDS, declararam descrença quanto à camisinha e objeções ao seu uso; não costumam usar ou portar o preservativo; embora considerando a AIDS uma doença grave, não se consideraram em risco de contrair essa doença; dispensam o uso de camisinha na condição de namoro \"fixo\", ou quando julgam conhecer bem o parceiro. Sugere-se enfatizar as ações educativas para prevenção da AIDS e a realização de pesquisas de fatores humanos para melhor conhecimento da realidade.