Efeito da massa muscular exercitada e do gasto energético total do exercício sobre as respostas hemodinâmicas pós-exercício

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Cardoso Junior, Crivaldo Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39132/tde-16012025-091113/
Resumo: Para que a hipotensão pós-exercício tenha importância clínica, é necessário que ela possua magnitude e duração significantes. Dentre os fatores que podem determinar essas características, o efeito da massa muscular exercitada foi investigado apenas em um estudo, o qual relatou que a maior massa provocava um efeito hipotensor mais duradouro. Entretanto, nesse estudo, o gasto energético total das sessões de exercício não foi controlado, o que pode ter influenciado o seu resultado. Dessa forma, a presente investigação objetivou verificar o efeito da massa muscular exercitada sobre as respostas da pressão arterial e de seus mecanismos de regulação pós-exercício, utilizando-se, para tal, exercícios da mesma intensidade relativa e mesmo gasto energético total. Assim, 16 jovens saudáveis (9 mulheres e 7 homens) submeteram-se, em ordem aleatória, a quatro sessões experimentais: controle (C); exercício realizado no cicloergômetro com um membro inferior (mmii) em 50% do VO2pico de um mmii (E1); exercício realizado no cicloergômetro com dois mmii em 50% do VO2pico de dois mmii (E2); exercício realizado no cicloergômetro com dois mmii na mesma potência da sessão E1 (E2/1). Em todas as sessões, as pressões arteriais ausculatórias sistólica (PAS), média (PAM) e diastólica (PAD), assim como o débito cardíaco (DC-reinalação de CO2), a frequência cardíaca (FC-ECG), o volume sistólico (VS) e a resistência vascular periférica (RVP) foram avaliados antes e após 30,60 e 90 minutos das intervenções (repouso ou exercício). A monitorização ambulatorial da PA (medidas oscilométricas a cada 10 minutos) foi iniciada 120 minutos após as intervenções e durou 20 horas. Para a analise dos dados, as respostas observadas nas sessões do exercício foram corrigidas pela observada na sessão C. Assim, após o exercício, a PAS diminuiu significantemente apenas na sessão E2, a essa queda perdurou 90 minutos (-4 +OU-2 mmHg, P<0,05). A PAD e a PAM não se modificaram em nenhuma das sessões. A RVP também não se alterou, mas o DC diminuiu significantemente na sessão E2 (90\'=-0,7+-0,2 L.min-1, P<0,05). O VS diminuiu significantemente na sessão E1 (30\'=-11 + OU -2 ml.bat-1, P<0,05) e E2 (90\'=-16+-3 ml.bat-1, P<0,05); enquanto que a FC aumentou significantemente nessas sessões (E1, 30\'= +6 + OU -2 bat.min-1 e E2, 90\'=+9 + OU-2 bat.min-1, P<0,05). Não houve alteração na média da PA de 20 horas (E1=1+ OU -1; E2=-1+ OU- 1 e E2/1=-1 + OU- 1 mmHg), vigília e sono nas sessões de exercício, mas houve queda significante da PAM na segunda hora de monitorização na sessão E2 (-4 + OU-2 mmHg, P<0,05). Em conclusão: apenas o exercício físico realizado na sessão E2 promove hipotensão pós-exercício, que dura quatro horas, mesmo em condições ambulatoriais. Essa queda se deve à diminuição do DC, devido à diminuição do VS. A queda pressórica pós-exercício é determinada pelo gasto energético total, parecendo haver um gasto energético mínimo para que ela ocorra. Abaixo desse gasto, nem a intensidade relativa, nem a massa muscular exercitada influem na resposta pressórica