Efeitos hemodinâmicos pós-exercícios de uma sessão de caminhada com e sem oclusão vascular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Motin, Cleverson lattes
Orientador(a): Okuno, Nilo Massaru lattes
Banca de defesa: Kanunfre, Carla Cristine lattes, Perandini, Patricia Chimin
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Biomédicas
Departamento: Setor de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3026
Resumo: A prática regular de atividade física pode ser benéfica tanto na prevenção quanto no tratamento da hipertensão arterial. Um dos benefícios da atividade física é a hipotensão arterial, caracterizada pela redução da pressão arterial durante o período de recuperação, mantendo os níveis pressóricos abaixo daqueles verificados préexercício, podendo ser de forma crônica por meio de um programa de exercício físico, ou de forma aguda, denominada de hipotensão pós-exercício (HPE). Apesar de amplamente estudado e de existir um consenso sobre o efeito hipotensor causado pela atividade física, ainda não está claro na literatura qual o melhor exercício, duração e intensidade que provocarão um efeito hipotensor de maior magnitude e duração, principalmente em relação ao Kaatsu training, que combina exercícios de baixa intensidade com oclusão vascular. Portanto, o objetivo do presente estudo foi analisar o comportamento da pressão arterial após sessão de caminhada de baixa intensidade com e sem oclusão vascular. Participaram da amostra 13 sujeitos com idade = 47,0 ± 4,7 anos, pressão arterial sistólica = 129,1 ± 9,4 mmHg, pressão arterial diastólica = 80,3 ± 7,4 mmHg e índice de massa corporal = 27,92 ± 3,28 kg/m2 . Os participantes do estudo passaram por 5 sessões de avaliações: 1) frequência cardíaca (FC) e variabilidade da frequência cardíaca (VFC) de repouso, determinação do percentual de oclusão, avaliação antropométrica e teste incremental, para determinação da máxima velocidade aeróbia, 2) sessão controle para analisar a pressão arterial sem a realização de exercício físico (C), 3) sessão de caminhada sem oclusão vascular (SO), 4) sessão de caminhada com oclusão a 80% da oclusão total da artéria tibial (CONTI), 5) sessão de caminhada intermitente combinada com oclusão a 80% da oclusão total (IN). As sessões 2, 3, 4 e 5 ocorreram de forma aleatória. A HPE foi observada aos 45 min da sessão CONTI (PAS= -2,91 ± 4,19 mmHg) (p < 0,05) e, também, nos momentos 15, 30, 45 e 60 min da sessão IN, sendo que aos 15 min foi observado a HPE de maior magnitude (PAS= -5,34 ± 3,89 mmHg) (p < 0,05). Porém, quando analisada a VFC observou um aumento na atividade simpática e uma redução da atividade parassimpática (p < 0,05), principalmente aos 10 min de recuperação quando comparado C vs SO vs CONTI vs IN - RMSSD (C 23,71 ± 7,17 vs SO 17,31 ± 6,50 vs CONTI 13,92 ± 6,13 vs IN 10,97 ± 6,92). Os resultados demonstraram que uma sessão de caminhada de baixa e moderada intensidade combinada com oclusão vascular provocou hipotensão pós-exercício, com redução da atividade vagal e aumento da atividade simpática logo após o exercício físico.