Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Marins, Alexandre Ricardo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-28112018-155613/
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Resumo: |
A educação assiste o desenvolvimento do fenômeno batizado por Adorno de semiformação, que expressa a consciência humana dominada pela comercialização e pela banalização dos bens culturais. Nos cursos técnicos, esse fenômeno tem características específicas por conta da lógica utilitarista, que instrumentaliza a educação em prol dos interesses do mercado de trabalho. Diante desse cenário, a presente pesquisa assumiu o compromisso de investigar a teoria da semiformação, elaborada pelos teóricos da Escola de Frankfurt, comparando-a com as ideias de formação e trabalho identificadas num grupo de estudantes de cursos técnicos do Centro Paula Souza, da cidade de Taubaté, em São Paulo. Para tanto, partiu do seguinte problema: como o fenômeno da semiformação se expressa no cotidiano escolar desses cursos? De certa forma, Adorno já aponta para esse problema ao evidenciar a ausência de posicionamento, na educação, em favor da emancipação. A hipótese defendida foi a de que a semiformação se expressa, sobretudo, nas ideias dos estudantes sobre a relação entre formação e trabalho. Para comprovar tal hipótese, optou-se por uma pesquisa empírica, de caráter qualitativo e exploratório, aplicada a partir de entrevistas realizadas através de respostas à Escala Formação e Trabalho, elaborada e validada pela professora Dra. Branca Maria de Meneses, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Como resultado, evidenciou-se o controle do mundo administrado, que regula a consciência do trabalhador, fazendo-o se identificar com o que lhe é imposto e, assim, adaptar-se ao processo de dominação existente. Mesmo quando o estudante pensa sobre os danos causados pelas estruturas opressoras de trabalho, não deixa de se identificar com os valores predominantes da sociedade que impõe tais estruturas. Além disso, quando reflete sobre as atitudes pertinentes ao cotidiano das relações de trabalho, o jovem estudante das camadas populares, comumente, faz escolhas de valores morais identificados à lógica defendida pelo capital. Por fim, ao se posicionar sobre o sistema social vigente, o jovem estudante das camadas populares expressa valores indicativos de adaptação à ideologia dominante. Portanto, a formação que se presta a reproduzir esse sistema é, na verdade, uma semiformação. |