Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1997 |
Autor(a) principal: |
Aguiar, José Vanglesio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11143/tde-20191220-125435/
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Resumo: |
O presente trabalho foi conduzido numa região semi-árida em solo bruno não cálcico com horizonte superficial (Ap) arenoso e subsuperficial (Bt) argiloso. A área experimental de dimensões de 80 m x 120 m localiza-se na Fazenda Experimental do Vale do Curu da Universidade Federal do Ceará. O experimento se desenvolveu no período de 11/02/95 a 20/12/95, mantendo o solo sem vegetação e teve como objetivos testar, o Modelo de Umidade do Solo para Atividades Agrícolas (MUSAG), e determinar os parâmetros associados às funções que compõem o modelo (infiltração, percolação e evaporação). O teste consistiu em medir a umidade do solo, às profundidades de 20, 40, 60, 80 e 100 cm, com uma sonda de nêutrons, e comparar essas medidas com a umidade do solo estimada pelo modelo parametrizado. Na determinação das constantes de infiltração realizaram-se testes visando aferir a velocidade de infiltração da água no solo, em função da umidade e do tempo, para obtenção da capacidade máxima de infiltração e da velocidade de infiltração básica. Para obtenção dos parâmetros da equação de percolação, determinou-se a relação entre a condutividade hidráulica e a umidade do solo pelo método de Libardi (1980). Foram medidos também os potenciais de água no solo através de 8 baterias de tensiômetros instalados a 10, 30, 50, 70, 90 e 110 cm, calculando-se a drenagem interna e correlacionando-se com a umidade do solo. A evaporação do solo foi estimada através de um submodelo, cujas variáveis de entrada são a evapotranspiração potencial, a umidade atual e a umidade de saturação do solo. A evapotranspiração potencial foi estimada pelo método do Tanque Classe A. Para determinação dos parâmetros de ajuste (k e β) do submodelo, a evaporação foi determinada através do balanço hídrico no campo, em dias sem chuva. Todos os parâmetros do modelo, foram determinados por regressão linear. No solo estudado, identificou-se uma grande taxa de infiltração inicial pelo solo seco (420 a 810 mm/h), e uma baixa velocidade de infiltração básica (3 a 18 mm/h). A drenagem interna mostrou-se desprezível a partir de 40 cm de profundidade quando a umidade do solo se reduz a menos de 85% da umidade de saturação e a evaporação potencial média alcançou 3,67 mm/dia; a evaporação acumulada apresentou valores mínimos nos meses de abril e maio, coincidentes com a época de menor déficit de saturação do ar e maiores precipitações pluviais. Para a avaliação estatística do modelo ajustado, utilizaram-se o desvio padrão, o desvio relativo, o erro padrão, o coeficiente de correlação e o teste "t". A verificação da normalidade da distribuição dos desvios entre os valores de umidade observados e estimados, foi feita pelo coeficiente de assimetria e curtose, e pela reta de Henry. Para todas as profundidades, à exceção de 40 cm, os valores calculados de "t" estiveram sempre abaixo do valor tabulado, para um nível de significância de 1,0%, levando-se a aceitar que a diferença entre as médias das armazenagens observadas e estimadas é nula; conclui-se que o modelo pode ser utilizado para estimar a umidade do solo em condições de solo e clima semelhante aos da região onde foi desenvolvida a pesquisa. |